Este artigo é fruto de ações, em andamento, interligando a Universidade a Escola, os alunos aos professores, compartilhando experiências e vivências, a partir do PIBID Intercultural Indígena da Universidade Estadual de Alagoas- UNEAL, em uma escola indígena estadual de ensino fundamental, traduzida pelo projeto “Escrevivências de nós, que busca contribuir com a escolarização indígena e a manutenção e valorização da identidade do povo Karapotó plak-ô. Tem como finalidade, envolver os alunos na construção de materiais didáticos, que possam ser utilizados na escola, embasados em pesquisas bibliográficas, mas especialmente, com base nas rodas de conversas com os mais velhos e entrevistas com familiares e lideranças da comunidade, a fim de transpor para a escrita o conhecimento guardado na memória deste povo, de forma a colaborar na escolaridade das crianças e adolescentes, entendendo que oralidade e escrita se complementam nesse processo e podem coexistir. Nesta perspectiva, é imprescindível que o aluno tenha acesso ao conhecimento do processo histórico do seu povo, garantindo uma educação intercultural e diferenciada, como é garantida pela Constituição Brasileira, entre outros dispositivos legais, a fim de que possa ser garantido o direito ao uso de sua língua materna, com uma escola específica e diferenciada, fortalecedora de sua identidade. Pretendendo contribuir nesse processo, este trabalho apresenta alguns resultados obtidos com o desenvolvimento do projeto citado, sendo contínua as ações e reflexões sobre os objetivos já alcançados, assim como a produção de uma cartilha, na língua materna.
PALAVRAS-CHAVE: Licenciatura indígena, Escola indígena, Língua materna; PIBID.
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