O Projeto começou no ano de 2014, na Escola de Referência em Ensino Médio Agamenon Magalhães, São Caitano-PE. O professor de Física Valter Rocha, deu início ao trabalho buscando implementar a OBA no contexto da Escola. Nesse ano, eu ainda era um de seus alunos - estava no 3º ano do Ensino Médio. Até então, pouco sabia sobre Astronomia. Porém, quando surgiu a notícia que a Escola teria pela primeira vez a realização da OBA, vi ali uma oportunidade de conhecer a área.
Valter me passou o comando do Projeto em 2015. Comecei separando-o em duas fases. A primeira seriam aulas antes da prova da OBA, onde focaríamos nos assuntos recomendados pela Comissão que organiza a prova. Após sua realização, daríamos continuidade ao Projeto, agora com aulas mais amplas e com assuntos mais gerais sobre Astronomia. No ano de 2014, quando ainda era Valter que coordenava o Projeto, não obtivemos nenhuma medalha nacional. Em 2015, obtivemos duas medalhas de bronze. Em 2016 não conseguimos nenhuma medalha. Já em 2017, obtivemos 5 medalhas, sendo 2 de ouro e 3 de prata. Em 2018 conseguimos apenas uma medalha de prata.
Como um todo, apesar de não ter sido um Projeto de longa duração, tivemos ótimos resultados. Além das medalhas conquistadas, todos os alunos que fizeram a prova da OBA nesses anos receberam certificados que incrementarão seus futuros currículos educacionais. Além disso, muitos de meus alunos entraram em faculdades e Universidades nos mais diversos cursos, entre eles: Química, Engenharia Civil, Engenharia de Produção, Matemática, Física, Design, Pedagogia, Geografia, Direito, Biologia, Administração, etc. Isso me deixa muito feliz, porque, durante as aulas, sempre deixei claro aos alunos que adoraria ver futuros físicos e astrônomos que saíram das minhas aulas, mas ficaria ainda mais feliz se eu vesse grandes homens e mulheres em suas respectivas áreas, sejam elas quais forem.
A Astronomia é um exercício de humanidade. Entender conceitos básicos dela nos dá um conhecimento sobre nossas origens. Acredito que plantei uma semente de curiosidade em cada um deles. Essa semente germinará, e, um dia, dará vida à novas concepções e ideias que farão com que cada um desses alunos possa espalhar suas sementes, seja na área educacional, ou em outra área. Nas despedidas com meus alunos, sempre falei que, de certa forma, as aulas nunca teriam fim. Bastava, apenas, eles olharem para o céu e perceberem como, ao mesmo tempo, o Universo é mistérios e maravilhoso.
Comissão Organizadora
Danilo Imparato
Maria Romênia da Silva
José Roberto V Costa
Nelson Ion
Comissão Científica