O teju e o matuasto: dois lagartos celestes

  • Autor
  • Patricio Bustamante
  • Resumo
  • O Teju e o Matuasto: dois lagartos celestesPatricio Bustamante, Sociedad Chilena de Historia y Geografía. Chile bys.con@gmail.comEste artigo trata do estudo e interpretação de dois sítios que apresentam uma sugestiva semelhança: 1) Pedra do Ingá , também chamada Itacoatiara, palavra tupi, que significa Itá  ("pedra") e kûatiara ("listrado" ou "pintada"), localizada no nordeste do Brasil, no Sertão, região  do semi-árido, no estado da Paraíba,  a oitenta e quatro quilômetros da capital João Pessoa. 2) Chilcas, associado à Cultuta Molle, localizado no semi-árido, em IV de Coquimbo, província de Limari, no Chile, a cento e sessenta quilômetros da capital regional Coquimbo. O estudo dos locais é desenvolvido segundo a metodologia da arqueastronomia e arqueologia do Entorno, a partir de três fenômenos psicológicos inerentes a todo ser humano, que independem do momento histórico e da cultura: Pareidolia (ver figuras nas nuvens, manchas e em campos não estruturados Apofenia (desenvolver uma história baseada em uma relação aleatória entre a figura, as circunstâncias e o ambiente) e hierofania (Manifestação do sagrado), também denominadas tríade PAH,  introduzida na arqueologia há uma década (Bustamante 2018).Propõe-se a hipótese de que, em ambos os locais, as figuras de lagartos presentes na arte rupestre estariam associadas ao céu de verão. A análise mostra a existência de formas pareidólicas complexas, possivelmente associadas a constelações, e provável lagarto do gênero Teju (Tupinambis merianae ou teju, Duméril & Bibron, 1839: 83), no caso da Pedra do Ingá. Na cultura guarani, que tem ampla dispersão entre o rio da Prata, Paraguai e Brasil, o teju foi um dos sete monstruosos irmãos associados às Plêiades. Os desenhos estariam ligados a experiências humanas no contexto de rituais de passagem e cerimônias associadas a  calendário religioso, realizados em uma Paisagem Pareidólica. As formas pareidólicas foram úteis, no passado, para dar sentido, geralmente relacionado à esfera religiosa, às características do meio ambiente que possuíam formatos aleatórios como rochas, montes, destaques na paisagem com formas de animais, pessoas ou coisas, chamados mimetolitos (Mimeto = parecido a; e lithos = pedras, Dietrich 1989) ou constelações e asterismos (grupos de estrelas que foram associados a formas de animais, pessoas ou coisas). 

     

  • Palavras-chave
  • Palavras-chave: arte rupestre, arqueoastronomia, pareidolia, teju, Nordeste do Brasil.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Ensino e divulgação científica
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