Normalmente quando se fala em Astronomia e observação do céu, com exceção da observação solar, pensamos em atividade noturna. No entanto, é perfeitamente viável observar a Lua e identificar suas crateras, planícies e mares durante o dia, quando ela se encontra próximo à fase de quarto crescente (à tarde) e próximo ao quarto minguante (pela manhã), com o auxílio de um telescópio. Desta forma, o Projeto de Olhos Nos Astros da Universidade Federal do Vale do São Francico (UNIVASF) – Campus Serra da Capivara, situado na cidade de São Raimundo Nonato - Piauí objetiva levar à comunidade escolar a oportunidade de observar a Lua em plena luz do dia, dentro da própria escola. Dispondo de um telescópio Schmidt-Cassegrain Meade de 11’’ com aumentos de 90 a 310 vezes, de alguns binóculos e de um modelo dinâmico Sol-Terra-Lua, são realizadas atividades em que é feita uma breve explicação sobre as fases da Lua e porque é possível observá-la durante o dia em algumas fases, em seguida é explicado como se dá o funcionamento de um telescópio e finalmente o telescópio é apontado para a Lua, para livre observação dos estudantes. A realização do projeto na escola depende de um horário combinado com o professor de ciências ou a diretoria, geralmente conseguido através das redes sociais do projeto no Facebook e Instagram – @SRNastronomia – ou pelo contato dos estudantes do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza que estão realizando estágio à docência ou residência pedagógica nestas escolas. Neste trabalho, apresentamos um relato das atividades realizadas e propomos a metodologia descrita acima para os grupos de ensino de Astronomia de universidades, institutos ou clubes, pois tem a vantagem de não necessitar deslocar turmas inteiras para fora da escola para realizar uma observação, nem de marcar horário extra durante a noite para poder fazer observação com um telescópio, possibilitando que um número maior de estudantes tenham a chance de ver a Lua de perto.
Comissão Organizadora
Danilo Imparato
Maria Romênia da Silva
José Roberto V Costa
Nelson Ion
Comissão Científica