A Constituição Federal garante que a Iluminação Pública seja direito de todos os moradores. Esse serviço é prestado e organizado pelas prefeituras. As grandes cidades brasileiras possuem altos índices de luminosidade que a cada ano vem crescendo, porém, grande parte dessa iluminação é desperdiçada. Refletida por ruas e calçadas, o que causa degradações das condições visuais astronômicas e ainda inibi parte da faixa não visível do espectro. Com isso cerca de 76% da população brasileira, das quais vivem em meios urbanos, são impossibilitadas a verem o céu noturno e suas riquezas de corpos celestes a olho nu. Ademais, outros grandes problemas podem ser citados como, alteração do ciclo natural dos animais e o mau aproveitamento energético. Por conseguinte, a esta problemática, a pesquisa visa o desenvolvimento de uma Luminária que possua foco ajustável e direcional como também a pintura de calçadas, passarelas e vias públicas com tintas de maior absorção da luz. Esse primeiro protótipo foi arquitetado utilizando materiais simples e de baixo custo, como o termoplástico de engenharia para o suporte onde é fixada a lâmpada, e outro do mesmo tipo de material e transparente, assim proporcionando com que a luz difusa encontre o solo, sendo projetado de acordo com a altura e a área a ser instalada, com o propósito de obter o máximo de eficiência luminosa, orientação correta e economia energética, por utilizar de lâmpadas de LED. Outrossim, o piso onde essa luz é projetada, utilizar-se de tintas com alto poder de absorção e tons escuros inibindo o fenômeno óptico da reflexão. Podemos observar através do sensor de luminosidade LDR posicionado à 1m acima da linha da luminária, aferimos 190 lux ou 2386.4 lumens em um sistema de iluminação convencional. Após a instalação de nosso sistema obtivemos 4 lux ou 50.24 lumens. Concluímos que há viabilidade de um sistema com esse em nossas cidades, pois possibilitará o desenvolvimento da astrofotografia em áreas urbanas, evitando o deslocamento para lugares remotos, como também deixaria de afetar o meio ambiente, como acontece nas desovas de tartarugas onde os filhotes se confundem e acabam morrendo por se deslocarem em direção oposta ao mar pela luminosidade das orlas, evitando gastos energéticos desnecessários, por haver um bom dimensionamento da luz nesse sistema.
Comissão Organizadora
Danilo Imparato
Maria Romênia da Silva
José Roberto V Costa
Nelson Ion
Comissão Científica