INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM IDOSA COM DIABETES: RELATO DE EXPERIÊNCIA

INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM IDOSA COM DIABETES: RELATO DE EXPERIÊNCIA

• Autor
• JARLAN SANTANA DE SOUZA
• Co-autores
• POLIANA SOUZA LAPA , GABRIEL SANTOS LOPES , VILMARY SILVA NOVAES
• Resumo

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  Introdução: O diabetes mellitus (DM) é considerado uma das principais síndromes de evolução crônica que acometem o homem moderno em qualquer idade, condição social e localização geográfica (Oliveira & Milech, 2006). Entre as doenças crônicas não transmissíveis, o DM se destaca como importante causa de morbidade e mortalidade, especialmente entre os idosos (Marcondes, 2003). Dessa forma, o presente estudo objetiva apresentar as intervenções fisioterapêuticas realizadas por discentes da disciplina Cinesiopatologia, do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), campus de Jequié, em uma idosa residente em uma instituição de longa permanência para idosos (ILPI), na cidade de Jequié -BA, no período de 06 de abril à 25 de maio de 2017. Relato de experiência: Paciente R. A. S, do sexo feminino, 65 anos, diagnosticada com diabetes há dez anos. Foi admitida na ILPI há dois anos.  As condutas terapêuticas tiveram início no dia 6 de abril. A paciente apresentava edema nos membros inferiores, bem como hipomobilidade nas articulações talocrurais dificultando, assim, a dorsiflexão e plantiflexão de ambos os membros. A repercussão da hipomobilidade pôde ser percebida na marcha da paciente, a qual não realizava o golpe de calcanhar no apoio inicial na deambulação. Foram realizadas as seguintes condutas: Teste de força muscular na dorsiflexão e plantiflexão; teste de sinal de Cacifo; drenagem linfática; movimentos passivos de flexão/extensão do pé; flexão/extensão dos joelhos; mobilização articular dos membros superiores e inferiores; movimentos ativos de flexão/extensão do pé, utilizando uma bola pequena; movimentos ativos de flexão/extensão de punho e preensão palmar, realizando dinâmica com bola; dorsiflexão resistida com o uso de faixa elástica e pompagem na articulação talocrural. Impactos: No presente estudo, a paciente relatou sensação de peso nos membros inferiores antes do tratamento, entretanto, com o avanço deste as queixas foram se tornando cada vez menos frequentes. A aplicação da drenagem linfática contribuiu significativamente para a melhora dos edemas de membro inferior, corroborando com os estudos de Portes (2015), o que repercutiu na elevação da autoestima da paciente, se mostrando cada vez mais disposta a cooperar nas condutas, já que a princípio era resistente. Através dos exercícios para o ganho de amplitude de movimento (ADM) e ganho de força muscular, principalmente na região anterior da perna, notou-se uma significante melhora na ADM de dorsiflexão e plantiflexão da paciente. Considerações finais: A partir das intervenções propostas à paciente e da evolução da mesma, pôde-se perceber que a drenagem linfática permitiu a redução do volume de líquido retido nos membros, e os exercícios de mobilidade proporcionaram melhora da ADM das articulações talocrurais. O resultado das terapias realizadas possibilitou conforto à paciente para realizar as atividades de vida diária (AVD’s), e repercutiu positivamente em sua saúde física e psíquica, tornando evidentes os benefícios da intervenção fisioterapêutica no paciente diabético, o que propiciou a diminuição do desconforto da paciente bem como suas limitações funcionais.

   

• Palavras-chave
• : Diabetes Mellitus, Edema, Drenagem linfática, Idoso
• Área Temática
• Área da Saúde e afins