Introdução: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma patologia incluída nas doenças cerebrovasculares, as quais são a terceira maior causa de morte no mundo, atrás apenas das doenças cardiovasculares e neoplasias. Possui alta prevalência em idosos, e pode ser conceituado como a interrupção do fluxo sanguíneo para o encéfalo por meio de obstruções ou hemorragia dos vasos sanguíneos. O presente estudo objetiva relatar as condutas fisioterapêuticas realizadas por discentes da disciplina Cinesiopatologia, do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), campus de Jequié, em um idoso residente em uma Instituição de Longa Permanência Para Idosos (ILPI), na cidade de Jequié -BA, no período de 03 de abril a 29 de maio de 2017. Relato de experiência: Paciente A.S.S., sexo masculino, 68 anos, hipertenso, ex-etilista, apresentava sequelas de AVE com comprometimento motor do lado direito e afasia devido à patologia. Residia há 8 meses na ILPI. Ao exame físico apresentava flexão de tronco nas posturas estática e dinâmica; diminuição da amplitude de movimento (ADM) do membro superior direito (MSD) devido a espasticidade; diminuição da ADM dos membros inferiores (MMII) para flexão plantar, dorsiflexão, inversão e eversão, com espasticidade dos plantiflexores no membro inferior direito; tensão dos músculos dorsais bilateralmente; edema frio, mole e sem cacifo na região do tornozelo de ambos os membros, sendo maior no membro direito; protusão dos ombros; padrão respiratório superficial e curto, com padrão respiratório abdominal; comprometimento da marcha, com padrão similar à marcha parkinsoniana. Foram realizadas 8 (oito) sessões de Fisioterapia com o paciente, com duração de 50 minutos. As condutas realizadas foram: drenagem linfática de MMII; mobilização das articulações talocrural e subtalar; tríplice flexão dos MMII; ponte; treino de marcha; massagem terapêutica do dorso; extensão de tronco e MMSS; exercícios de dorsiflexão e flexão plantar com e sem resistência; alongamento dos peitorais maiores e menores de ambos os ombros; inspiração fracionada em três tempos; dissociação de cinturas; alongamento dos bíceps braquiais, dos flexores e extensores de punho; exercício de preensão palmar com uso de bola cravo e treino de equilíbrio. Impactos: No decorrer das sessões, o paciente obteve melhora na postura de tronco e quadril, repercutindo positivamente no equilíbrio estático e dinâmico; diminuição da espasticidade do MS e MI direitos, eliminação do edema dos MMII, ganho de ADM tanto em MMII quanto no MSD, e aperfeiçoamento da marcha, repercutindo positivamente na funcionalidade e no bem-estar do paciente. Considerações finais: Por meio das intervenções propostas e da evolução do paciente, percebe-se que ocorreram melhoras significativas na mobilidade, equilíbrio, postura e diminuição da espasticidade, favorecendo sua funcionalidade.
A comissão organizadora do XIX Encontro Regional de Estudantes de Fisioterapia - EREFISIO torna público os resumos dos trabalhos apresentados durante o Encontro.
Em 2018, o EREFISIO teve como eixo norteador o Trabalho, Fisioterapia e Sociedade e como tema "O fazer fisioterapêutico: os desafios da atuação no contexto de crise brasileira”.
Boa leitura!
Erivaldo Santos de Lima - Coordenação geral do XIX EREFISIO
Comissão Organizadora
Adônis Vinicius Santos (UNCISAL) |
Ahyas Sydcley Santos Alves (UNCISAL) |
Alynne Iasmin Batista Santos (UNCISAL) |
Antônio Lucas Oliveira Góis Almeida (UFC) |
Bruna Loren Silva Caldas (UNEB) |
Clara Maria de Araujo Silva (UNCISAL) |
Davi Santana Sousa (UFS) |
Deborah Silva Vasconcelos dos Santos (UNCISAL) |
Erivaldo Santos de Lima (UNCISAL) |
Fabiano Gomes Miranda Pereira (UNEB) |
Gabriel Paz de Lima (UEPA) |
Geísa Dias Wanderley (UFPB) |
Juliana Oliveira Correia (UNEB) |
Luann Mikaell Lopes Damasceno (UNCISAL) |
Lucas Henrique Azevedo da Silva (UFRN) |
Lucas Pereira Balbino (UNCISAL) |
Maria Clara Roseno da Silva (UNCISAL) |
Sabrina Souza Araújo (UFPA) |
Vinícius Ramon da Silva Santos (UNCISAL) |