Introdução: A Paralisia Cerebral (PC) é uma encefalopatia que afeta o sistema nervoso central em desenvolvimento, antes, durante ou após o parto. A principal característica apresentada é a alteração na regulação do tônus muscular, que, consequentemente, afeta o movimento e a coordenação postural. A intervenção em portadores de PC baseia-se na aprendizagem motora, bem como na participação ativa da pessoa nas atividades de vida diárias, contribuindo à restauração da função cognitiva. Nesta condição, a musicoterapia apresenta-se como um paradigma de aprimoramento sensorial padronizado que ajuda a engajar as crianças com patologias de marcha relacionadas à PC. Objetivo: O objetivo desse trabalho é averiguar os benefícios da musicoterapia no processo de reabilitação em crianças com PC. Metodologia: A metodologia desse trabalho constituiu-se em uma pesquisa booleana realizada na base de dados Lilacs e Pubmed. Utilizaram-se os Descritores em Ciências da Saúde, “Terapia musical” e “Paralisia Cerebral” para a seleção dos materiais. A escolha dos artigos iniciou-se pela leitura do título seguida do resumo e posteriormente do artigo completo, sendo selecionados aqueles publicados de 2013 a 2018. O estudo foi constituído por 9 publicações que eram relevantes à temática, incluindo artigos da língua estrangeira e brasileira, dos quais 4 artigos atendiam aos critérios de inclusão, artigos disponíveis na íntegra e que abordam sobre a musicoterapia na reabilitação em crianças com PC. Resultados: Mediante a análise dos artigos, verificou-se que crianças com PC quando submetidas à terapia com música apresentam resultados positivos em relação ao desenvolvimento motor e funcional, assim como a melhora nos padrões de marcha, permitindo que se tornem mais equilibradas e simétricas. Destarte, a inclusão da música na terapia leva à um aumento significativo da motivação e do relaxamento promovendo facilitação na aprendizagem e proporcionando experiências emocionais. Discussão: Os resultados dos estudos ratificaram a suposta potencialização da terapia musical em pacientes com PC, visto que esse método exerce influências cognitivas e emocionais por aumentar a motivação e atenção. O ritmo musical determina, orienta e estrutura o movimento, bem como usufrui dos efeitos neurofisiológicos do “priming”. Dessa forma, os estímulos iniciais, advindos da música instrumental terapêutica, afetam as respostas do indivíduo aos estímulos subsequentes, sem que exista consciência deste. Ademais, essa terapêutica é capaz de estimular os pacientes a repetir e automatizar as tarefas sem movimentos estereotipados e a evoluir com atividades mais complexas. É fundamental que a abordagem terapêutica seja eclética, flexível e personalizada ao combinar tarefas manuais, sensoriais e posturais para maximizar o desenvolvimento funcional. Conclusão: Diante do exposto, conclui-se que a musicoterapia é uma intervenção benéfica em crianças com PC, visto que promove um padrão de marcha mais simétrico e equilibrado, melhora o planejamento e a coordenação do movimento, bem como exerce influências cognitivas e emocionais por aumentar a motivação e atenção.
A comissão organizadora do XIX Encontro Regional de Estudantes de Fisioterapia - EREFISIO torna público os resumos dos trabalhos apresentados durante o Encontro.
Em 2018, o EREFISIO teve como eixo norteador o Trabalho, Fisioterapia e Sociedade e como tema "O fazer fisioterapêutico: os desafios da atuação no contexto de crise brasileira”.
Boa leitura!
Erivaldo Santos de Lima - Coordenação geral do XIX EREFISIO
Comissão Organizadora
Adônis Vinicius Santos (UNCISAL) |
Ahyas Sydcley Santos Alves (UNCISAL) |
Alynne Iasmin Batista Santos (UNCISAL) |
Antônio Lucas Oliveira Góis Almeida (UFC) |
Bruna Loren Silva Caldas (UNEB) |
Clara Maria de Araujo Silva (UNCISAL) |
Davi Santana Sousa (UFS) |
Deborah Silva Vasconcelos dos Santos (UNCISAL) |
Erivaldo Santos de Lima (UNCISAL) |
Fabiano Gomes Miranda Pereira (UNEB) |
Gabriel Paz de Lima (UEPA) |
Geísa Dias Wanderley (UFPB) |
Juliana Oliveira Correia (UNEB) |
Luann Mikaell Lopes Damasceno (UNCISAL) |
Lucas Henrique Azevedo da Silva (UFRN) |
Lucas Pereira Balbino (UNCISAL) |
Maria Clara Roseno da Silva (UNCISAL) |
Sabrina Souza Araújo (UFPA) |
Vinícius Ramon da Silva Santos (UNCISAL) |