Introdução: O transtorno do espectro do autismo (TEA) caracteriza-se em um transtorno do neurodesenvolvimento que apresenta algumas características peculiares, tais como interesses restritos, estereotipias, déficits na comunicação e interação social. O TEA foi definido nos anos 90 e sua etiologia é multifatorial podendo ter relação significativa com fatores ambientais e genéticos. Dessa forma, a terapia assistida por cavalos (TAC) mostra-se como uma alternativa de intervenção para crianças com TEA, pois o cavalo denota-se como um estimulador motor e sensorial para a criança devido à proximidade e envolvimento individual ou coletivo. Objetivo: Sendo assim, esse estudo tem como objetivo mostrar os benefícios da TAC no tratamento de crianças com TEA, evidenciados na literatura científica. Metodologia: O estudo foi fundamentado em pesquisa booleana que se desenvolveu na base de dados Pubmed e Scielo com os Descritores em Ciências da Saúde, transtorno do espectro autista, terapia assistida por equinos e crianças. A seleção dos artigos iniciou-se pela leitura do título, seguida do resumo e posteriormente a leitura do artigo completo, sendo selecionados aqueles publicados de 2012 a 2017. O estudo foi constituído por 14 publicações que eram relevantes à temática, dos quais 7 artigos atendiam aos critérios de inclusão, artigos disponíveis na íntegra e que aborda sobre o uso da terapia assistida por cavalos em crianças com TEA. Foi utilizada a ferramenta AMSTAR para validação da pesquisa. Resultados: Através da análise dos artigos, verificou-se que a terapia assistida por cavalos obteve resultados psicossocias positivos, incluindo a formação de relações, interação sócio-emocional, melhora da linguagem, aprendizagem de habilidades sociais, assim como redução do estresse, maior atenção, diminuição da hiperatividade e irritabilidade. Além de mostrar-se eficaz na coordenação postural e no ritmo corporal. Discussão: O envolvimento com cavalo proporciona conexões de amizade e afeto, oportuniza a saída da restrição social e melhoria dos fatores emocionais, visto que, ao adquirir confiança no animal a criança interage melhor com a terapia e consegue transmitir esses fatores para o seu meio social. Conclusões: Diante do exposto, conclui-se que a terapia assistida por cavalos é uma intervenção benéfica para o tratamento de crianças com TEA, uma vez que estimula o desenvolvimento dos domínios social, emocional e físico. Ademais, vislumbra-se também, que a terapia proporciona às crianças autonomia e bem-estar.
REFERÊNCIAS
HARRIS, A.; WILLIANS, J. M. The Impact of a Horse Riding Intervention on the Social Functioning of Children with Autism Spectrum Disorder. Int J Environ Res Public Health, 14(7), 776, July 2017.
STEINER, H.; KERTESZ, ZS. Effects of therapeutic horse riding on gait cycle parameters and some aspects of behavior of children with autism. Acta Physiologica Hungarica, 102 (3), 324–335, February 2015.
A comissão organizadora do XIX Encontro Regional de Estudantes de Fisioterapia - EREFISIO torna público os resumos dos trabalhos apresentados durante o Encontro.
Em 2018, o EREFISIO teve como eixo norteador o Trabalho, Fisioterapia e Sociedade e como tema "O fazer fisioterapêutico: os desafios da atuação no contexto de crise brasileira”.
Boa leitura!
Erivaldo Santos de Lima - Coordenação geral do XIX EREFISIO
Comissão Organizadora
Adônis Vinicius Santos (UNCISAL) |
Ahyas Sydcley Santos Alves (UNCISAL) |
Alynne Iasmin Batista Santos (UNCISAL) |
Antônio Lucas Oliveira Góis Almeida (UFC) |
Bruna Loren Silva Caldas (UNEB) |
Clara Maria de Araujo Silva (UNCISAL) |
Davi Santana Sousa (UFS) |
Deborah Silva Vasconcelos dos Santos (UNCISAL) |
Erivaldo Santos de Lima (UNCISAL) |
Fabiano Gomes Miranda Pereira (UNEB) |
Gabriel Paz de Lima (UEPA) |
Geísa Dias Wanderley (UFPB) |
Juliana Oliveira Correia (UNEB) |
Luann Mikaell Lopes Damasceno (UNCISAL) |
Lucas Henrique Azevedo da Silva (UFRN) |
Lucas Pereira Balbino (UNCISAL) |
Maria Clara Roseno da Silva (UNCISAL) |
Sabrina Souza Araújo (UFPA) |
Vinícius Ramon da Silva Santos (UNCISAL) |