ESTRATÉGIA DE ENSINO FACILITADORA PARA RECORDAR A FIXAÇÃO MUSCULAR

ESTRATÉGIA DE ENSINO FACILITADORA PARA RECORDAR A FIXAÇÃO MUSCULAR

• Autor
• Ana Beatriz Oliveira da Fonsêca
• Co-autores
• Arthur Henrique Elias de Lima , Jákina Guimarães Vieira Gutemberg , Ivson Bezerra da Silva
• Resumo

• A anatomia é a ciência que primeiro consubstancia a futura linguagem clínica das profissões da saúde e seu vasto conteúdo necessita de constantes reflexões a cerca do melhoramento de métodos de ensino e de aprendizagem que favoreçam a fixação de assuntos precípuos para a prática profissional. As experiências atuais remontam metodologias antigas já praticadas como o estudo do corpo humano em modelos vivos auxiliado pelas pinturas e desenhos corporais, além do uso dos exames de imagens, para auxiliar as aulas práticas de anatomia que utilizam as tradicionais peças cadavéricas.  As aulas de anatomia nessa perspectiva se inserem no contexto das metodologias ativas de ensino que promovem sentimentos positivos de emoção e, naturalmente, cria um ambiente criativo e colaborativo entre os estudantes propícios para manutenção da atenção, construção de memória e, portanto, uma aprendizagem eficaz. A abordagem do sistema muscular para o estudante da Fisioterapia exige deste uma competência e habilidade a mais quanto ao quesito origem e inserção dos músculos para a sua futura prática profissional. Entretanto, alguns músculos apresentam uma complexidade maior para sua memorização. Então, o objetivo dessa pesquisa piloto foi verificar se o uso de linhas para simular a origem e a inserção dos músculos melhoraria a aprendizagem e, portanto, aumentaria o número de acertos nas provas práticas. Participaram da pesquisa 24 estudantes da disciplina Anatomia II da Universidade Federal da Paraíba cuja ementa aborda o aparelho locomotor. Os discentes foram expostos a aulas práticas de miologia do esqueleto apendicular com peças cadavéricas e, também, a aulas teóricas expositivas dialogadas com uso de projetor de slides, quadro e pincel.  Duas semanas após as aulas teórico-práticas, os estudantes foram divididos em 5 grupos, onde cada um deles confeccionou 4 músculos (mm.) nos membros superiores (MMSS) e 4 nos inferiores (MMII). Os mm. foram confeccionados com linhas coloridas e fixados com fita adesiva nos locais de inserções proximais e distais num esqueleto sintético. Apenas os músculos considerados difíceis foram trabalhados na atividade. Os critérios utilizados para diferenciar os músculos em difíceis e fáceis foram relacionados à topografia de cada músculo. Na aplicação da prova prática nos módulos de MMSS e MMII foram abordados 8 músculos, sendo considerado 4 fáceis (MFMS e MFMI) e 4 difíceis (MDMS e MDMI). O número de acertos das questões foi calculado e expresso como porcentagem em todos os grupos. Os grupos dos MMSS e MMII foram comparados com a aplicação do teste t-Student. Não houve diferença estatística entre os MDMI e MFMI, assim como entre os MFMS e MFMS. Nos MMII a porcentagem de acerto dos MD foi de 71% e dos MF de 70%, e nos MMSS enquanto os MF apresentaram porcentagem de acerto de 75%, os MD apresentaram de 81%. A aplicação da atividade prática para o estudo da miologia dos MMSS e MMII revelou que a dinâmica proposta possivelmente igualou a assertividade dos MD aos MF, esses últimos respondidos sem o auxílio da atividade.

  BACICH, L; MORAN, J. Metodologias ativas para uma educação inovadora. 1ed. São Paulo: Penso Editora, 2017.

• Palavras-chave
• Anatomia, Metodologia ativa, Miologia
• Área Temática
• Área da Saúde e afins