RELATO DE EXPERIÊNCIA – PROJETO DE EXTENSÃO – AÇÕES DE VALORIZAÇÃO E RESPEITO AO ENVELHECIMENTO HUMANO PARA PREVENÇÃO DE MAUS TRATOS CONTRA A PESSOA IDOSA.

  • Autor
  • Bianca Nóbrega de Medeiros Batista
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO:O presente relato discorre sobre participação em projeto de extensão da UFPB. Ocorre, contemporaneamente, juízo de valor adjetivando o Idoso como obsoleto e até “inútil”. O processo de envelhecimento costuma ser conceituado, por crianças, como algo distante, enquanto que os adultos colocam-no como incapacitante. É necessário salientar a heterogeneidade desse transcurso. Menores de 60 anos possuem incompreensão das modificações e confundem com enfermidades, tal insipiência causa conflitos intergeracionais, que enveredam em maus tratos. Infelizmente, a prevenção não é debatida e somente diálogos elucidativos, cultivando o respeito e tolerância mútua, podem desaguar num comportamento de não violência. Ademais, as relações saudáveis ajudam o idoso a manter-se ativo, estimulam capacidades cognitivas e também permitem a familiarização das crianças com o “envelhecer”, desconstruindo estereótipos. Por ser pouco praticada é imprescindível incutir nas escolas a importância da benévola relação entre gerações. RELATO DE EXPERIÊNCIA: Em abril de 2018 iniciaram-se as atividades na EMEF Chico Xavier, em João Pessoa. Restou acertado visita semanal às turmas do 5º e 7º ano (10-15 anos). Foram desenvolvidas estratégias diferentes, utilizou-se nos quintos anos palestras sobre as modificações ocorridas, assim como os tipos de violência, empregando-se vocabulário lúdico e apresentando-os aos sistemas fisiológicos. Nos sétimos anos buscou-se, previamente, questioná-los sobre o assunto contextualizando com situações cotidianas. Ademais, aplicaram-se questionários visando coletar dados estatísticos de forma descomplicada. Noutro ciclo de visitas, optou-se por recursos práticos, havendo reprodução de ambientes residenciais. Utilizou-se roupa-recurso “Simuladora de Envelhecimento”, cadeiras de rodas, andadores, ambas as ferramentas cedidas pela UFPB. Assim, os alunos realizaram o circuito e puderam perceber limitações advindas do envelhecimento. IMPACTOS: Os resultados observados dizem respeito aos sujeitos envolvidos. Adquiri instrução peculiar acerca da fisiologia do envelhecimento e da temática dos maus tratos à pessoa idosa. A necessidade de trabalhar com público específico aumentou minha capacidade de falar em público, superar a timidez, estabelecer uma comunicação atrativa e eficaz. Para os estudantes: referências sobre as alterações próprias do envelhecimento e como estão relacionadas ao desempenho dos idosos, a conscientização acerca da tolerância, flexibilidade e respeito ao idoso; e, ainda, a orientação sobre os tipos de violência usuais, são condicionantes para uma percepção mais valorizada dos longevos. Bem como, estimularam os jovens a debaterem sobre situações corriqueiras e, consequentemente, diminuírem os rótulos (pré) conceituosos empregados ao idoso. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A visão reducionista insiste em pôr o idoso como de menor valia, marginalizando-os da sociedade, e por si só justificando violência. Entretanto, é fato que as pessoas estão vivendo mais, de forma mais saudável, portanto, a convivência intergeracional será mais comum. Logo, procurou-se redirecionar a visão para com o envelhecimento, enfatizando valores humanos agregados ao longo da vida. A orientação adequada promoverá formação de valores e atitudes positivas ante os mais velhos, bem como suas integrações nos mais diversos âmbitos sociais. Espera-se que a ação transcenda os muros da escola e adentre os lares das crianças, por serem futuras cuidadoras dos mais velhos, faz-se necessário um circuito de antevisão, afinal, muitas vezes a incompreensão é o gatilho para o estabelecimento do ciclo de violências.

  • Palavras-chave
  • Envelhecimento, Maus-tratos ao idoso, Violência doméstica, Educação infantil.
  • Área Temática
  • Área da Saúde e afins
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A comissão organizadora do XIX Encontro Regional de Estudantes de Fisioterapia - EREFISIO torna público os resumos dos trabalhos apresentados durante o Encontro. 

Em 2018, o EREFISIO teve como eixo norteador o Trabalho, Fisioterapia e Sociedade e como tema "O fazer fisioterapêutico: os desafios da atuação no contexto de crise brasileira”. 

 

Boa leitura!

 

Erivaldo Santos de Lima - Coordenação geral do XIX EREFISIO

  • Área da Saúde e afins
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Comissão Organizadora

Adônis Vinicius Santos (UNCISAL)
Ahyas Sydcley Santos Alves (UNCISAL)
Alynne Iasmin Batista Santos (UNCISAL)
Antônio Lucas Oliveira Góis Almeida (UFC)
Bruna Loren Silva Caldas (UNEB)
Clara Maria de Araujo Silva (UNCISAL)
Davi Santana Sousa (UFS)
Deborah Silva Vasconcelos dos Santos (UNCISAL)
Erivaldo Santos de Lima (UNCISAL)
Fabiano Gomes Miranda Pereira (UNEB)
Gabriel Paz de Lima (UEPA)
Geísa Dias Wanderley (UFPB)
Juliana Oliveira Correia (UNEB)
Luann Mikaell Lopes Damasceno (UNCISAL)
Lucas Henrique Azevedo da Silva (UFRN)
Lucas Pereira Balbino (UNCISAL)
Maria Clara Roseno da Silva (UNCISAL)
Sabrina Souza Araújo (UFPA)
Vinícius Ramon da Silva Santos (UNCISAL)