INTRODUÇÂO: O processo de humanização na saúde busca pôr em prática os princípios dos SUS, visando a singularidade e autonomia de cada paciente. Com isso, é necessário durante a graduação conhecer a heterogeneidade da população, desconstruindo preconceitos e promovendo inovações nos modos de fazer saúde. RELATO DE CASO OU EXPERIÊNCIA: A vivência etnográfica foi realizada na Tribo Xucuru Kariri – Palmeira dos Índios, como parte integrante do módulo de Ética, Alteridade e Diversidade no Cuidado em Saúde, dos cursos de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional, na qual a ação se desenvolveu inicialmente em sala de aula através da teoria e em seguida de forma prática conhecendo a realidade enfrentada pelos indivíduos em sua cultura. IMPACTOS: Tribo indígena não é algo comum do dia-a-dia. Com a influência da história e da mídia a visão do índio é montada de uma forma, mas ao se deparar com a realidade isso acaba trazendo estranhamentos, sendo alvos de percepções estigmatizantes que influenciam diretamente no processo de cuidado em saúde. A partir disso, sua ida até a cidade causa repulsão por parte da população não indígena que acredita que índio só é índio se morar em oca e andar sem vestimentas, logo a população indígena evita buscar atendimento fora do seu território, além de ter um difícil acesso até chegar lá. Por esse motivo, sua tribo possui Unidade Básica de Saúde, na qual apresenta deficiência de infra-estrutura local e recursos, que contribui para a descontinuidade na execução das ações e programas. Nesse contexto, a transculturalidade se torna essencial, tanto para realçar que não existe raça pura, quanto agregando a concepção indígena do organismo humano, da causalidade das doenças e as terapêuticas da medicina tradicional, assim sendo, é crucial conhecer culturas e territórios diferentes da zona de conforto. CONCLUSÃO: A inclusão do índio na sociedade é de grande importância para o seu processo de cuidado em saúde. Se faz necessário, portanto, atender as necessidades de todos de acordo com suas particularidades, estimulando-os desta forma a adesão e participação contínua às atividades propostas. Com isso, vivências como essa é de grande relevância para a formação devido a interação entre teoria e prática, proporcionando mudanças sociais e empoderamento.
A comissão organizadora do XIX Encontro Regional de Estudantes de Fisioterapia - EREFISIO torna público os resumos dos trabalhos apresentados durante o Encontro.
Em 2018, o EREFISIO teve como eixo norteador o Trabalho, Fisioterapia e Sociedade e como tema "O fazer fisioterapêutico: os desafios da atuação no contexto de crise brasileira”.
Boa leitura!
Erivaldo Santos de Lima - Coordenação geral do XIX EREFISIO
Comissão Organizadora
Adônis Vinicius Santos (UNCISAL) |
Ahyas Sydcley Santos Alves (UNCISAL) |
Alynne Iasmin Batista Santos (UNCISAL) |
Antônio Lucas Oliveira Góis Almeida (UFC) |
Bruna Loren Silva Caldas (UNEB) |
Clara Maria de Araujo Silva (UNCISAL) |
Davi Santana Sousa (UFS) |
Deborah Silva Vasconcelos dos Santos (UNCISAL) |
Erivaldo Santos de Lima (UNCISAL) |
Fabiano Gomes Miranda Pereira (UNEB) |
Gabriel Paz de Lima (UEPA) |
Geísa Dias Wanderley (UFPB) |
Juliana Oliveira Correia (UNEB) |
Luann Mikaell Lopes Damasceno (UNCISAL) |
Lucas Henrique Azevedo da Silva (UFRN) |
Lucas Pereira Balbino (UNCISAL) |
Maria Clara Roseno da Silva (UNCISAL) |
Sabrina Souza Araújo (UFPA) |
Vinícius Ramon da Silva Santos (UNCISAL) |