INTRODUÇÃO: A idade materna (IM) é um importante indicador da realidade social, estando inversamente relacionado ao grau de desenvolvimento humano (FERRAZ, BORDIGNON, 2012). Os extremos da IM podem ser possíveis causadores de risco gestacional, e estão entre os indicadores que podem ocasionar complicações materno-fetais (BRASIL, 2012). OBJETIVO: O objetivo desse trabalho é relacionar a IM com os desfechos gestacionais, maternos e fetais. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa descritiva feita no banco de dados DATASUS no qual foram avaliados os partos realizados entre os anos de 2010 à 2016 no Brasil de acordo com a variável “idade materna”. Os resultados foram apresentados em três grupos: Grupo 1 (10 à 19 anos), grupo 2 (20 à 35 anos) e grupo 3 (acima de 35 anos). A pesquisa foi realizada entre novembro e dezembro de 2018. RESULTADOS: O maior número de partos (69%) ocorreram nas mulheres do grupo 2, em contraste com 19% do grupo 1 e 12% do grupo 3. No grupo das mulheres com idade entre 10-19 anos, 95% dos partos foram a termo, 1% pré-termo e 4% pós termo. Nos grupos 2 e 3, 97% dos partos foram a termo. Quanto a o tipo de parto, a incidência de partos vaginais nos grupos 1,2 e 3 foram de 60%, 43% e 31%, respectivamente. Já a incidência de cesariana foram de 40%, 57% e 69% distribuídas nos grupos 1, 2 e 3, respectivamente. Ainda nos desfechos maternos, no período avaliado, 11.743 mil mulheres morreram por causas obstétricas, sendo 13% do grupo 1,63% do grupo 2 e 24% do grupo 3. Quanto aos desfechos fetais observou-se que o Apgar abaixo de sete no primeiro minuto teve a incidência de 15% dos recém-nascidos (RN) do grupo 1, já no 2 e 3 foi de 13% em ambos. Em relação ao peso do RN, 9% nasceram abaixo de 2.500g no grupo 1, 8% no grupo 2 e 10% no grupo 3. Quanto ao total de óbitos fetais, nesse período houve 197.462 mil óbitos, sendo 19% deles provenientes de uma gestação de mães do grupo 1, 64% do grupo 2 e 17% do grupo 3. DISCUSSÃO: Relacionando a IG com a IM não houve uma diferença significativa entre os grupos. Já a relação IM e tipos de partos foi possível observar que quanto mais avançada a IM maior o índice de cesariana. Esse resultado pode ser justificado pelo fato de que essas mulheres já terem realizado um ou mais partos cesárea anteriormente, sendo esse um dos fatores que mais contribuem para as altas taxas de cesárea atualmente (CECATI, 2000). Quanto ao APGAR e o peso do RN observou-se uma semelhança nos resultados obtidos. Quanto ao número de óbitos fetais e maternos foi possível verificar um alto índice no grupo 2, podendo ser motivado por essa faixa etária ser a faixa etária da idade reprodutiva das mulheres brasileiras. CONCLUSÃO: Os riscos de desfechos perinatais negativos não se justificam apenas pela IM, podendo esses serem minimizados ou eliminados a depender de outros aspectos como IG e paridade.
A comissão organizadora do XIX Encontro Regional de Estudantes de Fisioterapia - EREFISIO torna público os resumos dos trabalhos apresentados durante o Encontro.
Em 2018, o EREFISIO teve como eixo norteador o Trabalho, Fisioterapia e Sociedade e como tema "O fazer fisioterapêutico: os desafios da atuação no contexto de crise brasileira”.
Boa leitura!
Erivaldo Santos de Lima - Coordenação geral do XIX EREFISIO
Comissão Organizadora
Adônis Vinicius Santos (UNCISAL) |
Ahyas Sydcley Santos Alves (UNCISAL) |
Alynne Iasmin Batista Santos (UNCISAL) |
Antônio Lucas Oliveira Góis Almeida (UFC) |
Bruna Loren Silva Caldas (UNEB) |
Clara Maria de Araujo Silva (UNCISAL) |
Davi Santana Sousa (UFS) |
Deborah Silva Vasconcelos dos Santos (UNCISAL) |
Erivaldo Santos de Lima (UNCISAL) |
Fabiano Gomes Miranda Pereira (UNEB) |
Gabriel Paz de Lima (UEPA) |
Geísa Dias Wanderley (UFPB) |
Juliana Oliveira Correia (UNEB) |
Luann Mikaell Lopes Damasceno (UNCISAL) |
Lucas Henrique Azevedo da Silva (UFRN) |
Lucas Pereira Balbino (UNCISAL) |
Maria Clara Roseno da Silva (UNCISAL) |
Sabrina Souza Araújo (UFPA) |
Vinícius Ramon da Silva Santos (UNCISAL) |