Perfil sociodemográfico e de funcionalidade de hipertensos e diabéticos do município de Lagarto-Sergipe

Perfil sociodemográfico e de funcionalidade de hipertensos e diabéticos do município de Lagarto-Sergipe

• Autor
• Joane Costa França
• Co-autores
• Andréa Costa de Oliveira , Rodrigo Cardoso Santos , Johnatan Weslley Araujo Cruz
• Resumo

•  

  Introdução: Nos últimos anos ocorreu um aumento do número de casos de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT’s), como a Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial, as quais geram limitações na funcionalidade, na realização das atividades da vida diária, envolve questões de natureza emocional, física e social. Sendo assim, como forma de classificar a funcionalidade de modo abrangente, a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2001, publicou a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Objetivo: Avaliar o perfil sociodemográfico e de funcionalidade de indivíduos com Diabetes e/ou hipertensão de uma micro área do município de Lagarto. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo transversal, obtido por conveniência, com coleta de dados realizada no dia 22 de agosto de 2018. Para avaliação do perfil e da funcionalidade dos indivíduos foram utilizados um questionário de pesquisa de campo baseado no modelo da CIF e o WHODAS 2.0 em sua versão de 12 itens, instrumento traduzido e validado para o português. Resultados: Foram avaliados 14 indivíduos, sendo 13 do sexo feminino e um do sexo masculino, com média de idade de 61,2 anos, 57% dos entrevistados nunca estudou, 92% possuem renda de até um salário mínimo, 57% são aposentados, 35% possuem dois filhos, 35% são casados, 50% possuem hipertensão e diabetes, 92% não tem nenhum membro amputado, 50% conseguem ficar de pé sem dificuldade, 71% conseguem realizar suas atividades domésticas sem dificuldade, 42% possuem dificuldade moderada no seu emocional e 71% realizam suas atividades na comunidade com nenhum grau de dificuldade. Discussão: Com a coleta dos dados foi visto maiores casos de DCNT’s em mulheres e idosos, confirmando o estudado sobre a literatura do tema. Ainda é afirmado que as DCNT’s são redutoras da funcionalidade, impactando em diversos aspectos da vida e saúde. No entanto, o presente estudo contraria tal afirmação, visto que na maioria das variáveis analisadas houve um grau satisfatório de funcionalidade obtido por mais da metade dos entrevistados, com exceção do emocional, que apresentou um baixo índice. É preciso considerar ainda que a influência das DCNT’s na funcionalidade depende fortemente da idade, do tempo de acometimento e do grau de controle da doença. Sobre a influência das condições crônicas de saúde no eixo emocional, essas tendem a ser agravadas principalmente quando as repercussões na funcionalidade são amplas e negativas.Conclusão:É necessário reconhecer os fatores e determinantes que influenciam na funcionalidade, além das condições crônicas, inclusive para a atuação mais exitosa dos serviços de saúde nesse sentido. Medidas coletivas e educativas de saúde podem ser utilizadas como prática de prevenção e promoção de saúde.Referências: FRANCO, J. A. A. J.; HELENO, M. G. V.; LOPES, A. P. Qualidade de vida e controle glicêmico do paciente portador de Diabetes Mellitus tipo 2. Ver. Psicologia e Saude, São Paulo, v 5, n 2, p.102-108, 2013.
  MALTA, D. C. et al. Doenças Crônicas não Transmissíveis e o suporte das ações intersetoriais no seu enfrentamento. Ciência & Saúde Coletiva, v 19, n 11, p. 4341-4350, 2014.

• Palavras-chave
• Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus, Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde
• Área Temática
• Área da Saúde e afins