Introdução: A adolescência é uma fase marcada por intensas transformações
físicas, cognitivas e emocionais, nas quais o indivíduo busca definir sua
identidade e encontrar um grupo social com o qual possa se identificar. Nesse
contexto, a necessidade de pertencimento torna-se um fator determinante para
o desenvolvimento socioemocional e para a construção da autoimagem. Diante
dos desafios contemporâneos, como as pressões sociais e digitais, observa-se
que a forma como cada adolescente lida com essa busca está diretamente
relacionada aos seus traços de personalidade, conforme proposto pelo Modelo
Big Five, que compreende abertura, conscienciosidade, extroversão,
agradabilidade e neuroticismo. Objetivo: Analisar a influência dos traços de
personalidade descritos no Modelo Big Five na busca por pertencimento entre
adolescentes, considerando os impactos desse processo na saúde mental e no
desenvolvimento socioemocional. Metodologia: Trata-se de uma revisão
bibliográfica com base em estudos teóricos e empíricos que abordam a relação
entre personalidade, pertencimento e saúde mental na adolescência. As fontes
utilizadas incluem artigos científicos, livros e materiais acadêmicos publicados
nos últimos dez anos, com foco na compreensão do papel dos traços de
personalidade diante dos desafios contemporâneos. Resultados: Os estudos
analisados apontam que os traços de personalidade exercem influência
significativa sobre a forma como o adolescente se relaciona socialmente.
Indivíduos com altos níveis de agradabilidade e extroversão tendem a
desenvolver vínculos mais facilmente, enquanto aqueles com maior neuroticismo
apresentam maior vulnerabilidade emocional e dificuldade de aceitação social.
Essa dinâmica impacta diretamente a autoestima e pode favorecer o surgimento
de quadros ansiosos e depressivos quando a necessidade de pertencimento não
é atendida. Conclusão: Compreender os traços de personalidade e suas
implicações na busca por pertencimento é fundamental para promover
intervenções voltadas à saúde mental de adolescentes. A partir dessas pespectivas, destaque-se a importância de espaços educativos e familiares que incentivam a autenticidade, a empatia e o apoio emocional, reduzindo efeitos negativos de impressões contemporâneas sobre o desenvolvimento socioemocional.
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