Velha conhecida da medicina popular, a planta Physalis angulata demonstrou em testes clínicos potencial para se tornar uma grande aliada de pessoas com pele sensível ou intolerante a cosméticos, que podem desenvolver dermatites (OLIVEIRA, 2018). Em pesquisa realizada pela empresa Chemyunion Química – fabricante de matérias-primas para a indústria cosmética e farmacêutica – o extrato concentrado do vegetal mostrou ação anti-inflamatória equivalente à da hidrocortisona, mas sem os efeitos adversos dessa última (TOLEDO, 2012). Enquanto o uso prolongado de corticoides tópicos prejudica a formação de colágeno e torna a pele mais fina e suscetível a lesões, os ativos da P. angulata estimulam a produção dessa proteína e a regeneração celular. “Mesmo pessoas com pele normal podem se beneficiar do efeito antienvelhecimento do extrato”, disse Márcio Antônio Polezel, diretor industrial da Chemyunion (TOLEDO, 2012). Physalis angulata é rica em vitaminas A e C, fósforo, carotenoides e flavonoides, fortalecendo a imunidade cutânea e tendo intensa ação antioxidante (SILVA, et al. 2018).Também conhecida como camapu, juá, balãozinho ou saco de bode, mata fome, remela de gato, a P. angulata está presente no Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste brasileiro, mas se concentra principalmente na Amazônia. A Physalis angulata é uma planta que, além de potente ação antioxidante, ainda apresenta atividade como estimulante imunológico na pele, tendo efeitos antiviral, antifúngico e antibacteriano, sendo portanto um grande aliado na saúde da pele. Muitos grupos de pesquisa da UFPa tem utilizado a planta para testes com protozoário leishmania bem como sua ação no sistema imune (SILVA et al, 2018). Sendo assim, já existem trabalhos suficientes que fundamentem a eficácia dessa planta e sua ação terapêutica, porém esses estudos estão muito limitados as universidades e centros de pesquisa e por isso poucas pessoas conhecem o real potencial da planta, conhecendo-a principalmente pelo saboroso fruto que é comestível
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