O que fazer com as toneladas do caroço, rejeito do açaí após a extração da polpa? A Associação de Batedores de Açaí de Belém estima que existam cerca de dez mil pontos de venda de açaí na região metropolitana. A geração diária de caroço chega a expressivas 16 toneladas todos os dias (G1.com).
Após a extração da polpa do açaí, o fruto é transformado em suco que é comercializado diariamente nas denominadas “batedeiras”; verdadeiras agroindústrias instaladas em áreas urbanas. Esta bebida é beneficiada dentro da área urbana, gerando resíduos que formam uma parcela importante do lixo urbano que não são recolhidos e vem sendo dispostos de maneira inadequada em passarelas, pátios e ruas da cidade, uma vez que não são acondicionados, coletados, reaproveitados e transportados para uma destinação final adequada. Tendo em vista a Política Nacional de Resíduos Sólidos, em que devem-se desenvolver sistemas de gestão ambiental e empresarial voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o aproveitamento energético (BRASIL. Empresa de Pesquisa Energética. Balanço Energético Nacional 2012: ano base 2011. Rio de Janeiro: EPE, 2012, 282 p. 23). Com isso surge a questão: Buscar alternativas de aproveitamento destes resíduos atenuando assim os impactos ambientais gerados.
Deste modo, o aproveitamento de resíduos da agroindústria do açaí para produção de cosméticos é uma alternativa que pode auxiliar na redução desse descarte no meio ambiente, além de contribuir para a produção de um produto ecológico que incentiva a reciclagem, estimula o cuidado pelo meio ambiente e ser um produto que potencialmente pode gerar emprego e renda para famílias ribeirinhas de Igarapé-Miri, aliando assim fomento à preservação ambiental e estímulo à economia local.
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Josineide Patoja da Costa
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