O Manguezal é um ecossistema de transição que fica situado exatamente entre o meio marinho e o meio terrestre, o que justifica sua rica biodiversidade. O Brasil apresenta uma das maiores áreas de manguezais do mundo, servindo de moradias para uma grande quantidade de aves e animais como molusco, crustáceos, anfíbios, mariscos, mamíferos e até mesmo seres humanos. Além da importância econômica, essas áreas são atrativas economicamente, pois gera ampla fonte de renda com a captura e venda de algumas dessas espécies. A presente investigação acontece na comunidade da Graciosa, que geograficamente está situada no Baixo Sul da Bahia, em uma área periférica da cidade de Taperoá, exatamente na fronteira com o Município de Valença. No entanto, há uma pequena quantidade de casas que fazem parte do outro município, porém os moradores sentem-se taperoense, devido suas demandas como compras, estudos e assistências medicas serem todas supridas em Taperoá, visto que seu centro se encontra mais próximo. Cabe ressaltar que Graciosa é uma das 747 (setecentos e quarenta e sete) comunidades remanescentes de quilombolas da Bahia, as quais já foram certificadas pela Fundação Cultural Palmares (FPC). A localidade tem sua economia baseada na pesca e mariscargem de espécies como aratu, caranguejo, siri, ostra, camarão e peixes. Apesar de abrigar uma fauna e flora exuberantes, essa área está sendo gradativamente ocupada por uma comunidade de pescadores e marisqueiras em busca de sustento, que, consequentemente foi entulhado para construção de moradias. As supressões nas áreas de manguezais em Graciosa são claramente visíveis, possibilitando então o questionamento sobre esse processo, fruto da implantação de uma comunidade nesse espaço. No entanto, esse estudo tem como objetivo revelar quais os principais motivos da urbanização sobre manguezal na comunidade da Graciosa, assim como, discutir os impactos dessa ocupação nesse ecossistema. Sendo necessário, portanto, analisar as condições socioeconômicas dos moradores dessa comunidade e discutir a relação dos graciosenses com o manguezal.
Comissão Organizadora
Manassés Neto
Luís Soria
ALEXANDRA SOUZA DE CARVALHO
Comissão Científica