O presente trabalho visa analisar os efeitos da exposição demasiada aos aparelhos eletrônicos por parte dos jovens, que passaram o triplo do tempo recomendado em frente às telas durante o isolamento social, decorrente da Pandemia do Coronavírus. Diante disso, nos dedicamos a compreender a perspectiva educacional e os dilemas formacionais que esse grupo enfrenta. A proposta inicial é avaliar as condições atuais dos jovens neste cenário, investigando os indicativos patológicos físicos, emocionais e cognitivos. Isso foi possível por meio da pesquisa bibliográfica, com a indispensável leitura de pensadores contemporâneos acerca da temática. A partir disso, iniciamos discussões seguindo a abordagem do pesquisador Alfons Cornella, que sintetiza as consequências da relação desarmônica com a informação no conceito de "Infoxicação" - a intoxicação por informações. Esse acúmulo é traduzido em 'panes' no sistema; o corpo humano emite sintomas que devem ser cuidadosamente analisados a fim de traçar intervenções e melhorar a rotina com esses aparelhos. Assim, constata-se que a tal exposição é uma realidade; aqui buscamos problematizar o seu uso excessivo, improdutivo e nocivo destes aparatos, pensando na influência de caráter político-formacional, em que a passividade do sujeito aparece como mais danosa na construção de dialógos imersivos com a tecnologia e a educação. Nesta jornada, faz-se um possível diagnóstico de sequela nos jovens: a passividade do ser sujeito.
Comissão Organizadora
Manassés Neto
Luís Soria
ALEXANDRA SOUZA DE CARVALHO
Comissão Científica