Introdução: O ato de deglutir envolve estruturas musculares cartilaginosas e ósseas no trato digestivo e respiratório. A disfagia ocorre quando alguma estrutura envolvida neste processo apresentar disfunção ou houver alguma alteração nas fases oral e faríngea da deglutição. A disfagia está ligada a doenças sistêmicas, mecânicas ou neurológicas. Um dos sinais mais agravantes da disfagia é penetração ou aspiração laríngea, por isso a tosse é muito importante para pacientes com disfagia, pois protegem quanto a possíveis alterações no processo de deglutição, como penetração e ou aspiração de alimentos. Objetivo: Mensurar o pico de fluxo de tosse e fluxo expiratórios em sujeitos disfágicos. Material e Métodos: Trata-se de uma abordagem transversal, analítico e não controlado. Nessa pesquisa foi utilizado o aparelho Peak Flow Meter para realizar as medições do Fluxo Expiratório (FE) e Pico do Fluxo de Tosse (PFT) e a escala ASHA NOMS para identificar o grau de comprometimento da disfagia. Resultados: Participaram da pesquisa 8 pacientes, sendo do sexo masculino, com idade média de 68.75 anos. O diagnóstico clínico mais frequente foi acidente vascular encefálico, correspondendo a 25% (n = 2) dos participantes, e 75% (n = 6) foram classificados com disfagia do tipo neurogênica. Foi encontrado um PFT referente à 155lpm nos sujeitos avaliados, indicando uma tosse ineficaz, e FE com uma média de 160l/min estando adequado quanto comparado aos valores padrão. Observou-se também uma diferença entre PFT e FE nas disfagias neurogênicas e mecânicas, onde os sujeitos com disfagia neurogênica tiveram valores inferiores comparados à mecânica. Conclusão: Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas nos diferentes graus de disfagia, fluxo expiratório e pico de fluxo de tosse em relação ao tipo de disfagia nos sujeitos avaliados.
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UNICERP Centro Universitário do Cerrado Patrocínio
Luiz Antônio Costa Júnior
SAMIR ALVES DAURA
DARLAN LEITE DA SILVA MARQUES
GISÉLIA GONÇALVES DE CASTRO
Bruno Pereira Diniz
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