Introdução: A Síndrome da dor femoropatelar (SDFP) é uma das afecções mais comuns da articulação do joelho sendo que a prevalência varia de 21% a 45% em adolescentes, principalmente naqueles fisicamente ativos. A SDFP é caracterizada por dor retro patela de uma carga que é colocada sobre o mecanismo extensor do joelho, tais como ao subir escadas, agachar, correr, andar de bicicleta ou sentado com joelhos flexionados. Objetivos: Verificar a prevalência de dores femoropatelares em crianças praticantes de futebol. Metodologia: Estudo descritivo e quantitativo realizado com 45 crianças de 10 a 16 anos de idade que praticam futebol em uma escolinha há dois meses. Excluiu-se indivíduos que possuíam fraturas, lesões musculoesqueléticas ou cirurgias prévias de membros inferiores, doenças reumáticas, neurológicas e/ou alterações cognitivas. Aplicou-se um questionário estruturado contendo informações como dados pessoais, além da frequência, intensidade e data do início do treinamento do atleta, permitindo identificar a presença ou não de dor no joelho. Após identificação dos indivíduos sintomáticos foram aplicados a Escala de KUJALA para verificação do impacto funcional da presença da SDFP. A análise dos dados foi descritiva. Resultado: A amostra foi dividida em dois grupos: sintomáticos (n=10) e assintomáticos (n=35). Os sintomáticos apresentaram média de idade foi de 12,9 anos, com prática desportiva de 2,5 anos, com frequência de 3 vezes na semana. Os assintomáticos tinham idade média de 8,2 anos, com 1,4 anos de prática desportiva e frequência de 02 vezes por semana. Observou-se também que a intensidade de treinamento, (01 horas diária), foi similar entre os dois grupos. Conclusão: A partir dos dados apresentados é possível concluir que a prevalência de dores femoropatelar em criança que praticam futebol pode afetar seus impactos funcionais, de modo que identificou-se que o nível elevado de atividade física é um fator relacionado à síndrome de dores femoropatelar nos adolescentes praticante de futebol.
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