Introdução: A lesão medular é definida como qualquer dano ao canal medular, podendo ser classificada como tetraplegia ou paraplegia. Devido essas alterações físicas pode causar dependência e comprometimento da funcionalidade e da capacidade de realização das atividades de vida diária afetando a qualidade de vida dos pacientes.Objetivo: Identificar os impactos na funcionalidade, independência e qualidade de vida de pacientes com lesão medular. Materiais e Métodos: Estudo transversal realizado com pacientes com lesão medular identificados na clínica do Centro de Saúde UNICERP, no Centro Estadual de Atenção Especializada e nas Unidades Básicas de Saúde de Patrocínio entre março a julho de 2021. Participaram 10 pacientes divididos quanto ao nível neurológico e classificação da Associação Americana de Lesão Medular (ASIA). Utilizou-se um questionário sociodemográfico e psicossocial, a Medida de Independência de Lesão Medular (SCIM) para avaliação da funcionalidade e o questionário WHOQOL-Bref para avaliação da qualidade de vida. A análise dos dados foi descritiva, com resultados apresentados por meio da frequência relativa, absoluta, média e desvio padrão. Resultados: Destacou-se pacientes com nível neurológico cervical com lesão completa (ASIA A = 70%) com diagnóstico de tetraplegia (40%). A qualidade de vida foi considerada regular para todos os grupos, evidenciando-se o domínio social para o grupo com tetraplegia ASIA A (70%) com escore de 3,49 e para o grupo paraplegia ASIA D (83,3%) com escore de 3,74. O grupo paraplegia ASIA A obtive no domínio psicológico (75%) com escore de 4,16. O grupo tetraplegia ASIA A apresentou impacto no desempenho de atividades diárias por menor capacidade funcional e maior dependência (26,3 ±6,97) do que os grupos de paraplegia que apresentaram melhor funcionalidade nas tarefas (ASIA A= 62,5±6,36; ASIA D = 73,0 ±9,89). Observou-se que o nível de lesão cervical completa influencia tanto na funcionalidade (26,3 ±6,97) quanto na qualidade de vida (3,12 ±0,63). Conclusão: Os pacientes com paraplegia ASIA A e D apresentaram melhor qualidade de vida em relação aos com tetraplegia e menos impacto na capacidade funcional, apresentando maior independência.
Comissão Organizadora
UNICERP Centro Universitário do Cerrado Patrocínio
Luiz Antônio Costa Júnior
SAMIR ALVES DAURA
DARLAN LEITE DA SILVA MARQUES
GISÉLIA GONÇALVES DE CASTRO
Bruno Pereira Diniz
Comissão Científica