Introdução: O estado nutricional de pacientes em tratamento dialítico é motivo de preocupação para a equipe multiprofissional de saúde visto que os desvios nutricionais são achados comuns nesta população. O comer intuitivo é uma abordagem baseada em evidências que visa incentivar aos indivíduos a se tornarem especialistas de seus corpos e a terem uma relação saudável com a comida. Diversos estudos têm apontado para associações benéficas em relação ao estado nutricional de indivíduos com maior nível de comer intuitivo em diferentes condições clínicas. Objetivo: Verificar se existe associação entre o comer intuitivo e o estado nutricional de indivíduos com doença renal crônica em tratamento hemodialítico. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com 77 indivíduos com doença renal crônica em tratamento hemodialítico, maiores de 18 anos, atendidos no Centro de Hemodiálise da Santa Casa de Patrocínio, Patrocínio/MG. A coleta de dados foi realizada entre dezembro de 2020 a agosto de 2021. Para caracterização da amostra foi coletado dados sobre sexo e idade, o comer intuitivo foi analisado por meio da Escala do Comer Intuitivo – 2, versão traduzida e adaptada culturalmente para a população brasileira. Para avaliação antropométrica foram avaliados o peso pré-dialítico e o peso seco (peso ao final da sessão de diálise), bem como a estatura e calculado o Índice de Massa Corporal (IMC). Também foi avaliado o consumo alimentar e hídrico dos voluntários através dos recordatórios alimentares de 24 horas. Esse projeto foi aprovado pelo comitê de ética sob número de protocolo 2020 1450 PROIC 004. Resultados: Dos 77 participantes, 49,3% (n = 38) eram do sexo feminino e 50,75 (n= 39) eram do sexo masculino, com idade média de 54,29 anos. Dos avaliados 15,8% (n = 12) apresentaram classificação do estado de nutricional como baixo peso, 40,8% (n = 31) eutróficos, 19,7% (n = 15) sobrepeso e 23,7% (n = 18) obesidade. Ao verificar a associação entre as variáveis de comer intuitivo com o estado nutricional não houve diferença significativa com o peso seco, ganho de peso Interdialítco e IMC (p > 0,05). Conclusão: Foi possível observar que não houve associação da escala do comer intuitivo com o estado nutricional de indivíduos portadores de doença renal crônica em tratamento hemodiálise.
Comissão Organizadora
UNICERP Centro Universitário do Cerrado Patrocínio
Luiz Antônio Costa Júnior
SAMIR ALVES DAURA
DARLAN LEITE DA SILVA MARQUES
GISÉLIA GONÇALVES DE CASTRO
Bruno Pereira Diniz
Comissão Científica