Introdução: A aprendizagem da leitura é uma tarefa complexa que envolve o domínio de habilidades preditoras tais como habilidades metafonológicas, memória operacional fonológica e nomeação automática rápida para que seja adquirida. Identificar precocemente dificuldades neste processo garante melhor desempenho dos escolares, e se torna mais viável que remediar posteriormente. Assim, o trabalho de prevenção conjunto entre fonoaudiólogos e educadores utilizando instrumentos de rastreio como o Protocolo de Identificação Precoce dos Problemas de Leitura (IPPL) é fundamental nos anos iniciais de vida escolar. Objetivo: Avaliar as habilidades preditoras para a leitura em crianças que estão no 1º e 2º ano do ensino fundamental. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de campo, transversal, quantitativa e analítica controlada. Participaram 14 crianças, sendo 10 matriculadas no 1º ano, e quatro no 2º ano do ensino fundamental. Foram aplicadas as 13 provas do IPPL, e para cada domínio usou-se a classificação “sob atenção” e “esperado.” A partir de então, identificou-se aquelas com risco para problemas de leitura. Resultados: Foi constatado que 21% dos escolares tiveram seu desempenho classificado como “sob atenção” para problemas de leitura. Houve dificuldade comum entre as séries nas habilidades metafonológicas de produção de palavras a partir do fonema dado e análise fonêmica e também na de nomeação automática rápida. Conclusão: A paralisação das aulas presenciais devido ao Coronavírus impactou a aprendizagem dos alunos. Dessa forma, a fonoaudiologia educacional se torna uma forte aliada para equiparar crianças na alfabetização, trabalhando precocemente, com uso de recursos eficientes de identificação das dificuldades de aprendizagem, afim de impulsionar este processo.
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