Introdução: Atualmente a população brasileira consome em média 9,5kg de pescado por habitante por ano, sendo um valor abaixo ao estimado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de 12 kg. O pescado tem se tornado uma fonte alternativa na dieta em grande parte da população, por ser um alimento de alto valor nutritivo, além disso, é notório que com o aumento da produção houve um aumento das exigências e/ou preocupações com questões que envolvem o bem-estar e a qualidade do produto final, por parte do mercado consumidor. Objetivo: Descrever a influência da insensibilização do pescado na qualidade do produto final. Metodologia: Revisão bibliográfica sistemática sobre o tema a ser abordado. Resultados: A avaliação e execução correta dos procedimentos antecedentes ao abate são de extrema importância, pois afetam diretamente ao resultado final do produto, sendo eles: despesca, jejum, transporte ou a insensibilização. A insensibilização minimiza o tempo durante o processo de abate além de reduzir o sofrimento do animal por um determinado período, fazendo com que reduza o medo e a dor, que são considerados agentes estressores capazes de gerar reações químicas, que possuem grande influência na qualidade do produto. Para ser considerada adequada exige que o animal perca a consciência em menos de 300 milissegundos, fazendo com que perca a percepção do que está acontecendo. Um abate ideal é aquele que preza pelo bem-estar dos peixes e pela qualidade de sua carne gerada pois, se submetido ao estresse pré-mortem por situações que geram pânico, esta ira utilizar suas reservas energéticas na tentativa de fuga liberando hormônios estimulados por essas condições levando a uma exaustão muscular que no post-mortem aumenta a velocidade de entrada no rigor mortis devido a ação de enzimas proteolíticas. Um tempo de rigor mortis curto, proporciona mudanças indesejáveis nas características do pescado como flacidez muscular e facilitar a proliferação de organismos deteriorantes diminuindo o tempo de prateleira do produto. Conclusão: A influência da insensibilização no pré-abate é importante, pois minimiza reações químicas que influenciam diretamente na qualidade do produto final.
Comissão Organizadora
UNICERP Centro Universitário do Cerrado Patrocínio
Luiz Antônio Costa Júnior
SAMIR ALVES DAURA
DARLAN LEITE DA SILVA MARQUES
GISÉLIA GONÇALVES DE CASTRO
Bruno Pereira Diniz
Comissão Científica