Introdução: A endogamia é caracterizada por cruzamento entre indivíduos geneticamente parecidos, com graus de consanguinidade que podem causar efeitos depressivos na produtividade do rebanho, podendo levar a sérios problemas reprodutivos e produtivos. É definida ainda como um sistema de acasalamento capaz de alterar a constituição genética da população, que apesar de seus riscos, tem sido amplamente utilizada por criadores de elite. Objetivo: Retratar os efeitos que a endogamia pode causar no rebanho de bovinos. Metodologia: Revisão bibliográfica sistemática, por meio de artigos e pesquisas relacionadas ao tema abordado. Resultados: Endogamia tem por consequência o decréscimo da heterozigose e o aumento das chances de expressão de genes recessivos deletérios, gerando animais com redução de valores fenotípicos. A endogamia foi uma ferramenta importante para a formação de raças puras no século XVIII, através dos métodos de Bakewell que viveu entre 1725 a 1795, onde essas linhagens homozigotas tiveram grande sucesso, entretanto uma forte pressão de seleção era necessária para evitar animais defeituosos. Estudos vêm sendo realizados através das informações e análises obtidas em grandes criatórios do Brasil e de outros países, ligados principalmente ao aparecimento de características indesejáveis, visto que a utilização de técnicas estatísticas possibilitou a compreensão dos efeitos endogâmicos, em que vários trabalhos procuram identificar os efeitos da endogamia. No ano de 1994 a 1998 foram feitas pesquisas sobre efeitos na raça Nelore, mostrando que dez touros foram pais de 19,3% dos rebanhos nascidos no Brasil. Uma alternativa para os criadores fixarem características desejadas para os rebanhos, pode ser a introdução de animais melhoradores, combinando características desejadas por meio de planejamento dos cruzamentos com bom potencial de heterose, sem a necessidade de fixar estas pela homozigose. Conclusão: Nos animais destinados à reprodução, deve-se ter cuidados nos acasalamentos, com monitoramento do parentesco, visando impedir que o nível de endogamia aumente e que a porcentagem de animais endogâmicos venha interferir nas características reprodutivas e produtivas do rebanho.
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