Introdução: Os profissionais da saúde que atuaram na linha de frente contra a pandemia, em sua fase mais crítica, promoveram o cuidado aos pacientes sob suspeita ou diagnóstico confirmado do vírus. Os mesmos, estiveram envolvidos de forma direta com os pacientes infectados, vendo o sofrimento e presenciando mortes. O medo de serem infectados, as incertezas relacionadas aos recursos a serem utilizados, a solidão, aflição e preocupação com seus familiares, contribuiu para o sofrimento psíquico e impactos na saúde mental desses profissionais. Objetivo: Verificar as consequências traumáticas da pandemia em profissionais de saúde que atuaram/atuam na linha de frente contra a mesma. Metodologia: Tratou-se de um estudo fundamentado em pesquisa de campo, de abordagem qualitativa, de caráter descritivo. O estudo foi realizado no Hospital Santa Casa de Patrocínio/MG, com profissionais de saúde que atuaram exclusivamente na linha de frente contra a pandemia em sua fase mais crítica. Participaram 8 (oito) profissionais de saúde, com idade de 23 a 43 anos. A coleta de dados foi realizada através de aplicação de uma entrevista semiestruturada composta por perguntas abertas e uma de múltipla escolha relacionadas aos sentimentos vivenciados, impactos físicos e emocionais advindos da atuação na pandemia. As entrevistas ocorreram dentro do hospital em ambiente em que cada profissional se sentiu confortável para participar, afim de manter sua privacidade e segurança. Os dados referentes ao perfil sociodemográfico foram interpretados através de tabelas e os temas emergentes a partir da análise de conteúdo. Resultados: É notório a ocorrência de sensações de impotência, nervosismo, angústia, descontentamento, além de uma intensificação de sentimentos de desamparo e solidão. Ademais, pode ser percebido além dessas sensações, esgotamento, baixa energia, aumento de ansiedade tidos como consequência da fase crítica da pandemia nesses profissionais. Conclusão: A experiencia da atuação dos profissionais de saúde na pandemia trouxe a eles diversas consequências negativas como aumento de ansiedade, sintomas traumáticos, impactos emocionais e físicos. Diante disso, nota-se, a importância da atuação da Psicologia nesse contexto de modo a prevenir e minimizar tais impactos ainda presentes.
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