Introdução: Mesmo com o fim da emergência de saúde da Covid-19 vem-se percebendo uma continuidade da carga estressante de trabalho para os profissionais de saúde, visto que as demais doenças, que foram suprimidas em detrimento da Covid-19, reemergiram. Conceitos como autoeficácia ocupacional e empatia tornam-se relevantes visto que podem influenciar a assistência ofertada. Objetivo: Identificar a autoeficácia ocupacional e a empatia em profissionais de saúde no pós-pandemia da COVID-19. Metodologia: Estudo quantitativo, transversal, realizado com profissionais da saúde da Atenção Primária, Pronto Socorro, Programa Melhor em Casa e setor Psicossocial de Coromandel-MG e que estavam atuando há pelo menos 12 meses a contar da data da coleta de dados. Aplicou-se o questionário sociodemográfico e ocupacional, a Escala Multidimensional de Reatividade Interpessoal e a Escala de Autoeficácia Ocupacional - Versão Breve, com análise de dados descritiva, com distribuição de medidas de centralidade e dispersão, com análise bivariada (teste t de Student ou correlação de Pearson). Resultados: Participaram 113 profissionais de saúde, sendo maioria agentes comunitários de saúde e técnicos de enfermagem (31,9%; 20,4%, respectivamente). A média de idade foi de 36,4 anos (±9,64; 21-57 anos). A grande maioria eram mulheres (48,7%), solteiras (48,7%) e com graduação (39,8%). A média de tempo de profissão foi de 110 meses, com média de trabalho no atual serviço de saúde de 75 meses. Possuem carga horária semanal de 40 horas (67,3%), com trabalho diurno (88,5%), com um vínculo empregatício (85,0%) e com renda individual mensal de até 2 salários mínimos (56,6%). A autoeficácia ocupacional apresentou média de 25,2 (mediana=26,0; ±3,78, 13 – 30; ?=0,77) enquanto que a empatia apresentou média de 73,9 (mediana=73,0; ±8,61; 53-97; ?=0,56), ambas satisfatórias. O domínio Consideração Empática apresentou maior média (x=28,3), seguida da Tomada de Perspectiva (x=26,8) e Personal Distress (x=18,7). Houve correlação positiva entre a autoeficácia ocupacional e a tomada de perspectiva (r= 0,268; p=0,004) e negativa entre a autoeficácia ocupacional e o Personal Distress (r= -0,270; p=0,004). Conclusão: Apesar dos impactos que a Pandemia ocasionou nos profissionais de saúde, esse estudo indicou que os mesmos mantiveram a empatia e a autoeficácia ocupacional.
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