CONTROLE DA TRISTEZA PARASITÁRIA BOVINA EM BEZERRAS CRIADAS EM BEZERREIROS SUSPENSOS

  • Autor
  • Isadora Martins
  • Resumo
  • Introdução: A Tristeza Parasitária Bovina (TPB), transmitida principalmente pelo carrapato (R. microplus), é causada pelos agentes Babesia bovis, Babesia bigemina e Anaplasma marginale. A doença é uma das principais causas de mortalidade de bezerras, o que gera grandes prejuízos econômicos aos produtores rurais. Objetivo: Apresentar uma experiência prática, adotando mudanças no manejo de criação das bezerras, a fim de se obter o controle da TPB. Metodologia: A prática foi feita em uma propriedade leiteira, na região do Alto Paranaíba, na cidade de Tiros, MG, no período compreendido entre janeiro a de novembro 2019. A fazenda possuía cerca de 380 animais da raça Holandesa, contando com 180 vacas em lactação, mantidas em sistema Compost Barn, e produção diária de 6.000 litros de leite. Resultados: Entre janeiro a julho de 2019, de um total de 68 bezerras, morreram 13, representado uma taxa de mortalidade de 19,1%. Observou-se que alguns animais, quando passavam para os piquetes, adoeciam e morriam com sinais clínicos da TPB. A partir de julho de 2019, foram introduzidas mudanças básicas no manejo a fim de se controlar a doença. O colostro passou a ser monitorado através do refratômetro de Brix®, sendo fornecido somente colostro de qualidade, ou seja, aquele que tivesse dosagem de proteínas igual ou superior a 25%, em quantidades adequadas (10% do peso vivo do animal). A temperatura retal das bezerras passou a ser aferida cinco vezes por semana, para detectar animais enfermos no início da doença, tratando-se os animais com temperaturas acima de 39,5º C. O tratamento foi realizado com Oxitetraciclina (Terramicina/LA®) e Diaceturato de 44’ diazoamino dibenzamidina (Ganaseg®), nas doses recomendadas pelos respectivos fabricantes. Além disso, iniciou-se a quimioprofilaxia com Imizol®, aplicando-se a dose de 1mg/40kg aos 90 dias e repetindo-a aos 120 dias. Outra medida adotada foi o controle estratégico de carrapatos, através da pulverização dos animais com Amitraz (Triatox®) de 21 em 21 dias. Conclusão: A partir das mudanças implementadas, houve redução na taxa de mortalidade, pois no período compreendido entre julho a novembro de 2019, foram observados apenas 5,5% de óbitos entre os animais acompanhados, constatando-se uma redução de 71,2% na mortalidade das bezerras.

  • Palavras-chave
  • Bezerras, Carrapatos, Manejo, Mortalidade, Tristezinha.
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  • Ciências Agrárias
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