Introdução: A linguagem é ampla e se ramifica em sistemas sendo um deles o fonológico, responsável pelos sons da língua. O desenvolvimento desse sistema ocorre de forma gradual e possibilita que a criança adquira conhecimento das regras fonéticas e fonológicas que regem sua língua materna, o que lhe permite obter um discurso inteligível. Durante o período de aquisição, é comum serem visualizadas a ocorrência de processos fonológicos, que em suma são estratégias facilitadores de pronúncia dos fonemas ainda não dominados. Entretanto, com o aumento da idade deve haver simultaneamente a eliminação deles, sendo a idade limite aos cinco anos. Objetivo: Traçar um perfil comparativo da ocorrência de processos fonológicos em crianças de quatro e cinco anos de uma escola pública de Patrocínio/MG. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de campo, transversal e quantitativa. Participaram 42 crianças, sendo 17 com idade de quatro anos (G1) e 25 com 5 anos (G2). Foi aplicado o protocolo Teste de Linguagem Infantil – ABFW, na área de fonologia que verifica o inventário fonético da criança através das provas de imitação e de nomeação. A partir de então, foi possível analisar quais erros e processos fonológicos foram mais registrados em cada uma das idades e verificar se houve relação entre ambas. Resultados: Foi constatado que não houve diferença significativa entre as idades, toda via, no grupo de cinco anos foram registrados mais processos fonológicos que no de quatro anos. A prova de nomeação teve média de acertos menor que a prova de imitação, e o processo mais prevalente nos dois grupos foi de simplificação de encontro consonantal, seguido do de simplificação de líquidas. Conclusão: Processos fonológicos foram visualizados em idades que não eram esperados, o que indica a relevância de rastrear crianças que estão na educação infantil, para que aquelas com fala desviante sejam encaminhadas para uma intervenção fonoaudiológica.
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UNICERP Centro Universitário do Cerrado Patrocínio
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