Introdução: Hoje o câncer infantil é, no Brasil, uma das doenças que mais vitimiza crianças e adolescentes. Ainda que, quando diagnosticados e tratados precocemente, os índices de cura sejam relativamente altos, o recebimento da notícia afeta todos os membros do âmbito familiar. Objetivos: Identificar os sentimentos vivenciados pelos pais de crianças que receberam o diagnóstico de câncer, evidenciados na literatura, no período de 2010 a 2023. Metodologia: Pesquisa bibliográfica, de natureza descritiva e de cunho qualitativo. Realizado o levantamento de artigos na Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), Lilacs e MEDLINE. Os artigos foram selecionados de acordo com critérios pré-estabelecidos, como o idioma (português); a data de publicação (2010 a 2023); a relevância do título e o resumo para o tema proposto. Após aplicação dos critérios totalizaram 12 artigos. Os resultados encontrados foram separados em três categorias: 1 – Tipos de cânceres mais comuns em crianças e sua incidência; 2 - Impacto do diagnóstico e sentimentos vivenciados pelos pais e 3 - Papel da equipe multidisciplinar frente à assistência das crianças e familiares. Resultado Identifica-se que as leucemias predominam como o tipo de tumor mais comum, representando aproximadamente 29% dos casos, seguidas pelos linfomas, que correspondem a cerca de 15,5%. Os tumores do sistema nervoso central (SNC) ocupam a terceira posição, com uma incidência média de 13,4%, sendo considerados os tumores sólidos mais frequentes nesse grupo etário. Evidencia-se que os sentimentos vivenciados pelos pais são medo, angústia, sofrimento, ansiedade, tristeza, choque, susto, desespero, dó, cansaço, raiva, desânimo, dor, confusão, medo da perda, esperança e fé. Diante desse contexto, a equipe multidisciplinar desempenha um papel crucial e de extrema importância no cuidado e assistência da criança com câncer Conclusão: O processo de diagnóstico e tratamento do câncer infantil provoca significativas alterações tanto físicas quanto psicológicas nos pacientes, além de ocasionar mudanças nos hábitos de vida de suas famílias. Desta forma, para que se possa abordar as complexas necessidades geradas por esse processo, é importante a colaboração coletiva e efetiva da equipe multidisciplinar, baseando-se na troca de conhecimentos entre os profissionais para prestar uma assistência qualificada e holística.
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