Introdução: O Brasil é o maior produtor de café do mundo e a sua fonte de comercialização são as espécies Coffea arabica e C. canephora. A cafeicultura enfrenta adversidades dos fatores abióticos e bióticos, onde a função dos programas de melhoramento genéticos tem se difundido com progênies aptas as estas condições e visando características desejadas pelo cafeicultor. A identificação dos genótipos superiores que irão compor um programa de melhoramento e pode ser encontrado em um Banco de Germoplasma. Objetivo: Traçar o padrão comparativo entre 64 acessos para mapear e expor ao conhecimento dos melhoristas. Metodologia: O Banco Ativo de Germoplasma (BAG) foi implantado em 2005 no Campo Experimental da EPAMIG, em Patrocínio. O espaçamento é de 3,5 m (entre linhas) x 1,0 m (entre plantas). O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados com duas repetições. Os acessos foram caracterizados de acordo com a produtividade em duas safras (2021/2022 e 2022/2023) e características morfoagronômicas. As parcelas foram compostas por 10 plantas. Para a produtividade efetuou-se a medição em litros do café colhido, convertendo o resultado para sacas por hectare, adotando-se um rendimento de 500 litros de café colhido para cada saca de café beneficiado. As características morfoagronômicas avaliadas foram: porte da planta, ângulo de inserção do ramo lateral, cor do fruto, tamanho do fruto, volume do fruto, massa da casca e grão, porcentagem de grão e casca do fruto, resistência a ferrugem e vigor vegetativo. Os dados de produtividade foram submetidos a análise de variância pelo software SISVAR, com as médias sendo comparadas pelo teste de Scott-Knott, a 5% de significância, conjuntamente com uma análise multivariada por meio do método de agrupamento UPGMA utilizando como base a matriz de distância Euclidiana. Resultados: Os acessos MG 0145 (planta desconhecida), com produtividade de 52,87 sacas/ha e MG 0406 (Híbrido de Timor UFV 448-69), com 42,95 sacas/ha se destacaram na média do biênio. Foram observados ainda diversos acessos do grupo Híbrido de Timor com tolerância a ferrugem do cafeeiro. Para as demais características, os acessos que destacaram em mais de três aspectos são MG 0406; MG 0360; MG 0357; MG 0282 (sendo todos variações de Hibrido de Timor) e MG 0145 (planta desconhecida). Conclusão: Torna-se evidente a relevância da conservação, manutenção e constante avaliação dos acessos do BAG. Fonte das características selecionadas para os programas de melhoramento genético no desenvolvimento de novos cultivares que atendam aos anseios e necessidades do produtor.
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UNICERP Centro Universitário do Cerrado Patrocínio
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SAMIR ALVES DAURA
Bruno Pereira Diniz
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