Introdução: Devido as suas características e funções, o estômago pode ser afetado por algumas enfermidades, como alteração de motilidade, gastrite, úlceras e a Dilatação Volvo Gástrica (DVG). Essa última é caracterizada por duas condições, nas quais acontece uma distensão e a rotação do órgão em seu próprio eixo. Sendo assim, a DVG é uma associação da distensão do estômago com o seu deslocamento no eixo mesentérico. Seus sinais clínicos são clássicos, como anorexia, distensão abdominal, depressão, dispneia, entre outros, o que colabora para um diagnóstico mais preciso por meio de exame clínico e radiografia. Essa síndrome é considerada uma emergência, dessa forma, seu tratamento deve ser associado ao manejo clínico e à correção de cirúrgica. Objetivo: Objetivou-se relatar o caso clínico de um canino que apresenta Dilatação Volvo Gástrica e sua correção cirúrgica. Metodologia: O presente trabalho teve o intuito de relatar um caso de DVG. Foi atendido em uma clínica veterinária um canino fêmea, da raça São Bernardo com 7 anos de idades, pesando aproximadamente 46 kg. Durante o atendimento o tutor relatou que o animal apresentava anorexia e distensão abdominal. Durante o exame físico foi observado dilatação abdominal, sendo que a precursão foi identificado ruido timpânico, característico de acumulo de gases. Foi solicitado a realização de exame radiográfico do paciente, sendo observado dilatação estomacal com repleção de gases, fechando o diagnóstico de DVG, sendo o mesmo encaminhada para cirurgia. Resultados: Para a correção da DVG se realizou a intervenção cirúrgica. A técnica cirúrgica utilizada foi composta por laparotomia exploratória por acesso pré-umbilical, identificando o estômago. Posteriormente, foi realizado o esvaziamento do gás retido de forma lenta, a fim de minimizar impactos sobre o sistema cardiovascular. Logo em seguida o estômago foi reposicionamento e realizado uma gastropexia, para auxiliar na fixação do órgão na parede abdominal, a fim de minimizar possíveis rotações futuras. No pós-operatório foram utilizados anti-inflamatório, antibiótico e analgésico. Conclusão: Pode se concluir que a DVG é uma enfermidade emergencial, na qual precisa de uma atenção especial, pois é preciso estabilizar o animal e entrar com a intervenção cirúrgica, para que o animal possa ter mais chances de sobreviver, e não haver necrose em nenhum tecido. Também é importante destacar que nesse caso a gastropexia é indispensável, pois pode evita recidivas, e assim melhorando a qualidade de vida do animal.
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