Introdução: A Atenção Primária à saúde (APS) é a porta de entrada dos serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), porém os trabalhadores que atuam no setor frequentemente vêm apresentando manifestações negativas relacionadas à saúde mental como depressão, ansiedade, estresse e esgotamento emocional levando-os a se sentirem altamente incapacitados tanto na vida pessoal quanto na vida laboral. Objetivo: Analisar qual a relação existente entre autoeficácia ocupacional, depressão, ansiedade, estresse e síndrome de Burnout em profissionais de saúde da atenção primária. Metodologia: Trata-se de uma revisão de escopo que busca evidenciar conceitos que sustentam a temática discutida por meio de procedimentos metodológicos baseados nos conceitos do Instituto Joanna Briggs (JBI), que por meio do roteiro PRISMA auxiliou na elaboração da questão norteadora embasada nos elementos população/participantes, conceito e contexto. Os descritores utilizados para a busca das publicações foram Autoeficácia; Depressão; Ansiedade; Estresse Ocupacional; Esgotamento Psicológico; Pessoal de Saúde; Atenção Primária à Saúde com os auxílios dos operadores boleanos AND e OR, nas bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), PubMed, Scopus e Embase com ampla cobertura das publicações, independente de língua e ano. Resultados: Elegeu-se para esse estudo cinco dos 39 artigos encontrados. Observou-se que 40% foram publicados na Austrália, seguidos pela Espanha, Itália e Inglaterra (20% respectivamente). Os estudos foram predominantemente transversais, utilizando como instrumento de coleta de dados questionários online (80%), com profissionais de saúde como público-alvo (80%). A maior parte dos estudos identificaram como agravos à saúde mental dos profissionais da saúde a Síndrome de Burnout (100%) seguido de ansiedade, estresse e depressão (80%, respectivamente), quanto a autoeficácia ocupacional foi citada somente em um artigo como sinal existente em apenas 37,5% dos profissionais de saúde. Conclusão: Os estudos mostraram que os profissionais de saúde apresentam alterações significativas em sua saúde mental, com sintomas persistentes de ansiedade, depressão, estresse e síndrome de Burnout que interferem diretamente na Autoeficácia profissional. Métodos de prevenção desses sintomas devem ser desenvolvidos para promover a saúde desses profissionais. Ainda, a falta de estudos específicos para esses trabalhadores de APS mostram a necessidade de aprofundar na temática que torna-se fator determinante da assistência básica à saúde.
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