Introdução: A negligência emocional em pacientes psicóticos, é um tema complexo e merece atenção. A psicose, uma condição caracterizada por uma desconexão da realidade, já representa um desafio substancial para a constituição psíquica desses indivíduos. Quando somada a negligência emocional, na qual as necessidades emocionais são desconsideradas ou negligenciadas, os impactos podem ser ainda mais profundos. Por isso é importante que exploremos esta interseção entre a negligência emocional e a constituição psíquica em pacientes psicóticos, destacando a importância de compreender como a falta de atenção emocional pode influenciar a formação de suas identidades e a progressão de suas condições de saúde mental. Objetivos : Investigar como a negligência emocional na fase infantil pode influenciar na constituição psíquica de pacientes psicóticos, verificando se os pacientes passaram por situações de negligência emocional em sua história de vida, e identificar se em suas relações atuais, eles apresentam alguma dificuldade em receber e demonstrar afeto. Metodologia: Será uma pesquisa de campo de caráter qualitativo e perspectiva investigativa. Serão realizadas entrevistas semi-estruturadas com cinco usuários do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II), que foram diagnosticados com transtornos psicóticos, e tendo como critério de inclusão : ter mais de 18 anos, ter recebido o diagnóstico pelo o menos há dois meses, e estar com as funções mentais preservadas no momento da entrevista, e de exclusão: o paciente que estiver em fase de mania, que não estiver com o juízo de realidade preservados e em estados psicóticos graves. Resultados: As respostas dos pacientes demonstram muito o quanto que a falta de comunicação, afeto e carinho, impactaram e muito em suas vidas, e todos os pacientes com este diagnóstico relatam este histórico familiar de muita negligência, seja intencionalmente ou não. Demonstrando também dificuldades em suas relações sociais na atualidade e sentimentos de desamparo Conclusão: Diante de tudo que se foi escutado nas entrevistas com os pacientes, juntamente com insensantes estudos na parte teórica sobre o tema, podemos compreender melhor o quanto pais muitas vezes mentalmente adoecidos, muito atarefados, ou que mesmo sempre presentes acabam não estando por inteiro com seus filhos, podem acarretar consequências gravíssimas para seus filhos.
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