Introdução: O autismo é categorizado como um transtorno global do desenvolvimento, determinando um atraso na interação social e também em sua comunicação ocasionado por um linguajar pouco expansivo, com interesse e movimentos restritos e repetitivos, dificuldades em ter uma troca social, manter o contato visual antes dos 5 anos de idade, objeção a mudanças e respostas visuais e auditivas fora do padrão esperado. Os profissionais de enfermagem devem estar preparados e treinados para reconhecer os sinais do Transtorno do Espectro Autista durante as orientações de puericultura e consultas de enfermagem. No entanto, os profissionais de saúde têm conhecimento limitado sobre a triagem, orientações, cuidados e métodos para crianças com Transtorno do Espectro Autista e suas famílias. Objetivo: Analisar o conhecimento dos enfermeiros da Atenção Primária sobre a assistência a pessoas com Transtorno do Espectro Autista, as dificuldades e estratégias utilizadas com esses pacientes, com vista na qualidade dos atendimentos e melhor acolhimento. Metodologia: Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, exploratória, fundamentado em pesquisa de campo. O cenário de estudo foi um munícipio mineiro, localizado no oeste do Estado de Minas Gerais. Foi aplicado um questionário a 20 enfermeiros que atuam na Unidade Básica de Saúde. Os mesmos foram abordados conforme critérios estabelecidos pela Secretaria Municipal de Saúde do munícipio. Os dados foram analisados por meio da técnica de análise de conteúdo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do UNICERP sob número de protocolo 2023 1450 ENF 005. Resultados: Com a pesquisa constatou-se que os enfermeiros atuantes nas Unidades Básicas de Saúde, tiveram acesso a tema abordado, esporadicamente durante a graduação e poucos buscaram especialização após a formação, fazendo com que a maioria tenha pouco conhecimento sobre o tema. Com isso não se sentem confortáveis e possuem dificuldades para lidar com os pacientes e familiares de pessoas com TEA. Conclusão: Conclui-se que os enfermeiros do estudo, possuem pouco conhecimento sobre o tema abordado, pouco interesse em buscar capacitações, dificuldades para lidarem com estes pacientes e, ainda, subestimam a importância do enfermeiro no atendimento a este público, sendo importante que o tema seja abordado de maneira mais ampla durante o período de graduação, e os enfermeiros busquem mais capacitações.
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