Introdução: Os fetos enfisematosos são de origem patológica, que podem ser definidos como a morte fetal dentro do útero, na maioria das vezes consequente de um parto laborioso, seguida de proliferação bacteriana anaeróbicas, responsáveis pela putrefação fetal, com a produção de gás no tecido celular subcutâneo, musculatura e os órgãos. Desta forma, o tratamento cirúrgico de castração deve ser realizado a fim de tratar o paciente e reestabelecer a saúde do animal. Objetivo: Relatar o caso do tratamento cirúrgico de fetos efisematosos em um canino. Metodologia: No Centro de Saúde Animal foi atendido uma cadela, pesando 23 kg, de um ano e quatro meses de idade, no qual durante anamnese o tutor relatou que o animal estava sem alimentar e com secreção na vulva. Exatamente três dias atrás o animal pariu oito filhotes natimortos. Após isso, o animal ficou prostrado, apático, com anorexia. No exame físico evidenciou distensão de abdômen com sensibilidade dolorosa, e presença de gases. Na palpação abdominal foi identificado presença de massas similares a fetos. Foram solicitados pelo médico veterinário exames complementares como hemograma, bioquímico e ultrassonografia para a confirmação da suspeita de fetos mortos no útero (enfisematosos). Resultados: O tratamento foi uma ovariosalpingohisterectomia (OSH), após a abertura da cavidade abdominal notou-se que o útero estava rompido e devido a isto, havia um caso de peritonite aguda. Foram identificados três fetos e desses, havia dois sobrenadantes em cavidade abdominal, foi feita então a retirada dos mesmos juntamente com a finalização do procedimento de OSH. Não houve alteração nos parâmetros vitais da cadela durante a cirurgia. Conclusão: A OSH é a técnica cirúrgica adequada para tratamento de fetos efisematoso em caninos, sendo necessários cuidados no trans e pós cirúrgico para evitar infecções secundárias.
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