Introdução: A Sociedade Internacional de Continência define incontinência urinária como qualquer perda involuntária de urina, destacando-se em três subclassificações: Incontinência urinária de esforço (IUE), incontinência urinária de urgência (IUU) e incontinência urinária mista (IUM). A fisioterapia é considerada como padrão ouro no tratamento conservador dessa disfunção. Objetivo: Verificar o nível de melhora a longo prazo das mulheres após o tratamento fisioterapêutico de incontinência urinária. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, transversal e de abordagem quantitativa. Realizado com mulheres submetidas ao tratamento fisioterapêutico conservador de IUE em uma clínica universitária no município de Patrocínio, Minas Gerais nos últimos cinco anos. Foram incluídas nesse estudo, mulheres com o diagnóstico de IUE e que tinham um histórico de alta e de boa evolução no decorrer das sessões de fisioterapia. Os critérios de exclusão foram mulheres que tenham realizado qualquer tratamento adicional para IUE durante esse período. Foram encontrados 261 prontuários, onde apenas 27 se encaixaram nos requisitos. Para atingir o objetivo desse estudo aplicamos três questionários, o questionário International Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF) para reavaliar o nível atual de incontinência, um questionário sociodemográfico, para verificar o perfil dessas mulheres e também um questionário para identificar o quadro das participantes desde o período da alta até o momento da entrevista. Resultados: Após a aplicação do questionário ICIQ-SF identificamos que 37% das mulheres ainda possuem IUE leve, 33% moderada, 4% grave e 26% severa. Na avaliação sobre o quadro atual, a porcentagem de melhora logo após a alta foi uma média de 72,5%. Sobre o tempo de melhora após o tratamento, o menor tempo foi de um mês, percebido por 7% das participantes, e o período mais longo foi de doze meses percebido por 7% das participantes, a média de tempo de melhora foi de seis meses entre todas as entrevistadas. Sobre a prática de exercícios, 67% afirmaram que exercitam o assoalho pélvico conforme orientação recebida durante o tratamento. Conclusão: Conclui-se então que o tratamento conservador em IUE é eficiente e proporciona uma boa qualidade de vida para as mulheres incontinentes, mas o tempo de continuidade da melhora é pequeno.
Comissão Organizadora
UNICERP Centro Universitário do Cerrado Patrocínio
Darlan Leite da Silva Marques
SAMIR ALVES DAURA
Bruno Pereira Diniz
Comissão Científica