Introdução: a violência intrafamiliar é um gravíssimo problema social. É evidente a importância de se garantir um ambiente atencioso e adequado para o desenvolvimento das crianças e adolescentes, sobretudo nas primeiras fases de sua formação. Tanto a personalidade quanto as habilidades sociais são construídas desde a infância, de modo que as situações envolvendo abusos e violência certamente são problemas que precisam ser combatidos. Objetivo: a presente pesquisa tem como objetivo a coleta de dados para análise das principais dificuldades que os profissionais da saúde que lidam com o atendimento de crianças e adolescentes apresentam para identificar e notificar casos de abuso infantil no município de Patrocínio/MG. Metodologia: O presente estudo caracteriza-se por ser uma pesquisa descritiva e quantitativa. Para tanto, a pesquisa foi realizada em duas instituições de saúde do município, quais sejam, Santa Casa de Misericórdia Nossa Senhora do Patrocínio e Pronto Socorro Municipal. Quanto ao procedimento, foi utilizado um questionário elaborado pela pesquisadora, visando-se realizar um estudo de campo para coleta de dados primários, observando-se os cuidados básicos que essa técnica requer, tais como análise da amostra, organização do banco de dados e seleção dos participantes da pesquisa. A pesquisa foi devidamente submetida à avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa do UNICERP, tendo recebido a aprovação. Resultados: Por meio dos questionários respondidos, verificou-se que os profissionais da saúde apresentam a devida percepção sobre a ocorrência de casos em que há suspeita de abuso infantil, mas enfrentam algumas barreiras no momento de realizar a denúncia, seja por falta de conhecimento da legislação ou mesmo ausência de um treinamento específico. Conclusão: Ainda existem desafios para identificar e notificar os casos de abuso infantil em Patrocínio, pois alguns profissionais da saúde ainda possuem conhecimento insuficiente sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. Por outro lado, há pontos positivos a serem destacados, como o desejo desses profissionais em receber treinamentos específicos, bem como a falta de receio em procurar as autoridades competentes quando necessário.
Palavras-chave: Abuso infantil. Profissionais da Saúde. Pesquisa de campo. Estatuto da Criança e do Adolescente.
Comissão Organizadora
UNICERP Centro Universitário do Cerrado Patrocínio
Darlan Leite da Silva Marques
SAMIR ALVES DAURA
Bruno Pereira Diniz
Comissão Científica