Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por déficits persistentes na comunicação social e comportamentos repetitivos, o que impacta significativamente o desenvolvimento da linguagem. Crianças com TEA frequentemente enfrentam desafios no desenvolvimento do repertório verbal, que inclui habilidades linguísticas (DSM-V, 2022). O Verbal Behavior Milestones Assessment and Placement Program (VB-MAPP), baseado na teoria do comportamento verbal de Skinner, é amplamente utilizado para avaliar esses aspectos e orientar intervenções terapêuticas personalizadas. Objetivo: Este estudo tem como objetivo verificar a eficácia do protocolo VB-MAPP na evolução das habilidades linguísticas de uma criança com TEA. Metodologia: Foi realizado um estudo, de abordagem descritiva, foi realizado com uma criança de 3 anos, com o diagnosticada com TEA, atendida em uma clínica fonoaudiológica em Patrocínio, Minas Gerais. A criança foi avaliada e reavaliada periodicamente entre setembro de 2022 e março de 2024 utilizando o VB-MAPP, que abrange três níveis de desenvolvimento de habilidades básicas de linguagem e aprendizagem. As avaliações incluíram marcos do desenvolvimento verbal, barreiras ao aprendizado e indicadores de transição. A evolução das habilidades verbais foi monitorada, incluindo aspectos como mando, tato, ouvinte e intraverbal. Resultados: Espera-se como resultado uma evolução significativa nas habilidades linguísticas da criança ao longo das três avaliações realizadas. Inicialmente, o paciente apresentou dificuldades em habilidades básicas de comunicação, como ouvinte, tato e mando. Ao longo do tempo, recomendou-se um aumento na independência para solicitação de itens ou ações (mando), redução da dependência de dicas e progressos na comunicação funcional. Na terceira avaliação, a criança demonstrou habilidades mais complexas, como o uso funcional de holofrases e a participação em interações sociais. Conclusão: Espera-se demonstrar que o uso do VB-MAPP é eficaz na identificação das habilidades verbais presentes e ausentes na criança e na orientação de intervenções terapêuticas. A evolução contínua nas habilidades de mando, tato e intraverbal, além da redução de comportamentos aversivos, destaca a importância do protocolo como ferramenta de avaliação e intervenção em crianças com TEA, reforçando a necessidade de uma abordagem precoce e individualizada.
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UNICERP Centro Universitário do Cerrado Patrocínio
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