Introdução: A síndrome de burnout é o esgotamento físico, mental e emocional causado pelo estresse crônico no trabalho e exaustão emocional. Nos profissionais de saúde, a síndrome de burnout é comum devido às altas demandas físicas e emocionais da profissão. Resultando em problemas de saúde mental e física (como ansiedade e depressão), além de aumentar o absenteísmo e a rotatividade, prejudicando tanto os profissionais quanto os pacientes. Objetivo: Identificar a Síndrome de Burnout em profissionais de saúde da atenção primária. Metodologia: Estudo descritivo e transversal realizado com 80 profissionais de saúde da Atenção Primária (APS) de Coromandel, Minas Gerais, no mês de abril de 2024. Foi aplicado um questionário sociodemográfico e a Escala de avaliação da Síndrome de Burnout (MBI). Os resultados foram avaliados por meio da estatística descritiva. Resultados: Participaram 80 profissionais de saúde da APS, dentre eles técnicos administrativos, técnicos de manutenção e limpeza, auxiliares de saúde bucal, agentes comunitários de saúde, técnicos de enfermagem, enfermeiros, médicos, psicólogos, dentistas. A maioria eram mulheres (n=73), com média de idade de 36,8 anos (DP:9,15), sendo solteiros (n=37), com ensino médio (n=37), com média de 9 anos de profissão (11 meses a 22 anos) e com carga horaria de 40 horas (n=68). Em relação à Síndrome de Burnout identificou-se que os profissionais de saúde apresentaram alto nível de exaustão emocional (x= 31,52 ±7,73), alto nível de despersonalização (x= 17,43 ±3,38) e baixo nível de realização pessoal (x= 18,75 ±6,2), inferindo alto nível de Burnout. Conclusão: Esses achados indicam que os profissionais de saúde da APS estão expostos a condições de trabalho que resultam em um alto nível de Burnout, impactando no bem-estar emocional e na qualidade do serviço prestado. Sugere-se um planejamento de estratégias que auxiliem na redução dos fatores que desencadeiam a Síndrome de Burnout.
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