Introdução: O Jiu-jítsu foi originalmente desenvolvido no Japão, chegou ao Brasil no início do século XX. É um esporte de combate, que vem ganhando popularidade ao longo dos anos, pois é baseado no uso da força dos adversários contra si mesmos, utilizam movimentos repetitivos, que podem gerar sobrecarga musculoesqueléticas. A assimetria muscular no ombro pode resultar em uma distribuição inadequada das cargas durante os movimentos, levando a desequilíbrios na biomecânica. Esses desequilíbrios podem predispor o atleta a lesões, como instabilidade articular, algia e inflamação crônica. Objetivo: Analisar se as publicações científicas demonstram a ligação de assimetria de ombro como fator de risco para lesões em atletas de Jiu Jitsu. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática pautada nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde e PUBMED. Adotou-se como critérios de inclusão: Os critérios de inclusão foram: artigos científicos, tipo ensaios clínicos, revisões sistemáticas, meta-análise, artigos originais e trabalho de conclusão de curso. Critérios de exclusão: publicações encontradas nas bases de dados que não se encaixassem nos critérios de inclusão. Resultados: Foram selecionados 10 artigos para compor este estudo, sendo a maioria estudos transversais, publicados nos últimos 10 anos. A maioria dos estudos demonstram que a assimetria de ombro atrapalha a biomecânica do ritmo escapulo-umeral, com implicações para o surgimento de lesões em praticantes de Jiu Jitsu, associados a outros fatores determinantes. Conclusão: Foi possível observar uma alta prevalência de atletas faixa-preta de Jiu-Jitsu de lesões em ombro, em especial a labral. Essas repercussões estão associadas a assimetria de ombro, tempo de treino, faixa preta, e que a presença de lesões estruturais estão relacionadas a uma maior incapacidade funcional, sendo necessários mais estudos, principalmente ensaios clínicos randomizados com estratégias preventivas.
Comissão Organizadora
Felipe Lima Rebêlo
Clarissa Cotrim Dos Anjos Vasconcelos
raphaela farias teixeira
Thays Cristine Ferro Wanderley
Comissão Científica