Introdução: A Síndrome Dolorosa Pós-Mastectomia (SDPM) é uma complicação frequente em mulheres submetidas à cirurgia para tratamento do câncer de mama, afetando entre 20% e 50% das pacientes. Essa condição é caracterizada por dor crônica de natureza neuropática nas regiões torácica, axilar e no braço, com duração superior a três meses após o procedimento cirúrgico. Objetivo: Descrever os recursos fisioterapêuticos que podem ser utilizados no tratamento das alterações sensitivas e da SDPM. Método: Trata-se de uma revisão de literatura, cujas buscas foram realizadas nas bases de dados PubMed e SciElo, utilizando como palavras-chave: fisioterapia, mastectomia, neoplasias da mama e transtornos das sensações, sem distinção de ano de publicação, incluindo textos disponíveis na íntegra. Resultados: Entre os recursos mais comumente utilizados, destacam-se a cinesioterapia, a eletroestimulação (TENS), a mobilização neural e a fototerapia. O uso do laser de baixa intensidade sobressai pelos efeitos analgésicos e anti-inflamatórios, acelerando a recuperação dos tecidos lesados. Os estudos indicam ainda que a principal causa da SDPM está associada à lesão do nervo intercostobraquial durante a linfadenectomia axilar, o que leva a alterações sensitivas como anestesia, hiperestesia e disestesia. Esses distúrbios sensoriais impactam diretamente a qualidade de vida das pacientes, dificultando suas atividades diárias. Fatores como o tipo e a extensão da cirurgia, além de aspectos individuais como idade, índice de massa corporal e saúde emocional, aumentam o risco de desenvolvimento da síndrome. Conclusão: O tratamento fisioterapêutico desempenha um papel central no manejo da SDPM, oferecendo diversas técnicas que visam aliviar a dor e restaurar a funcionalidade. Uma abordagem fisioterapêutica precoce é essencial para prevenir complicações e otimizar a recuperação das pacientes com SDPM. Técnicas como TENS, cinesioterapia e fototerapia, aliadas a um acompanhamento contínuo, demonstram ser eficazes no manejo da dor e na melhoria da qualidade de vida dessas pacientes.
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