Introdução: O controle postural proporciona a manutenção da estabilidade, sendo possibilitado pela integração das vias visual, proprioceptiva e vestibular. Ao envelhecer, o indivíduo apresenta uma série de alterações que afetam essas vias e podem comprometer a estabilidade. Assim, intervenções de estímulos sensoriais tendem a ser efetivos para otimização do controle postural, especialmente na população idosa sendo a realidade virtual (RV) um excelente recurso para promover integração de estímulos, pois proporciona movimentação ocular associada a movimentos cefálicos que estimulam o vestíbulo. Objetivo: Avaliar o efeito de um treino de equilíbrio com estimulo viso-vestibular em realidade virtual sobre o controle postural de idosos em comparação à fisioterapia convencional. Metodologia: Trata-se de um ensaio clínico randomizado, cego e controlado, realizado na clínica de Fisioterapia do Cesmac, aprovado pelo Comitê de Ética desta Instituição. Foram incluídos idosos entre 60 a 79 anos com alterações do controle postural, sendo excluídos todos que apresentassem condições físicas/cognitivas que invalidassem a intervenção. Os participantes foram randomizados em dois grupos, um controle, que recebeu o treinamento convencional e outro experimental, no qual utilizou RV. O controle postural foi avaliado através do Clinical Test of Sensory Interaction and Balance (CTSIB), que analisa o equilíbrio estático em 4 condições (olhos abertos, superfície estável e instável e olhos fechados, superfície estável e instável), sendo realizado no pré e pós-intervenção. Foram realizadas 20 sessões individuais de 40 minutos, duas vezes por semana. Resultados: A amostra final foi de 42 idosos, sendo divididos em grupo convencional (n=20) e grupo experimental (n=22). Verificou-se resultados estatisticamente significantes para condição 4 do CTSIB, grupo experimental (IC95% 2.82; 13.19) e controle (IC95% 6.21; 20.08). A análise intergrupos não revelou diferença estatística. Conclusão: O protocolo foi efetivo nas variáveis relacionadas ao controle postural, para ambos os grupos, porem, a RV não foi superior ao treinamento convencional.
Comissão Organizadora
Felipe Lima Rebêlo
Clarissa Cotrim Dos Anjos Vasconcelos
raphaela farias teixeira
Thays Cristine Ferro Wanderley
Comissão Científica