INTRODUÇÃO: A qualidade do sono é um fator crítico para a saúde e o bem-estar, especialmente entre profissionais que enfrentam altos níveis de estresse, como os policiais, isso se dá pelas características da profissão: condições precárias de trabalho, sobrecarga física e emocional, exposição ao risco, inversão de horários de sono e cargas horárias excessivas de trabalho. OBJETIVO: Avaliar a qualidade do sono de policiais militares. MÉTODO: Realizou-se um estudo transversal com 109 policiais militares de uma corporação estadual, utilizando um recorte do instrumento Pittsburgh Sleep QualityIndex (PSQI), além disso foram coletados dados relacionados a idade e sexo. RESULTADO: Houve o predomínio do sexo masculino com 88,3%, sendo 11,7% do sexo feminino. A média de idade da amostra foi de 36,31 (±6,24) anos e mediana de 36 anos. Os resultados indicaram que 9% dos participantes apresentaram qualidade subjetiva de sono muito boa, enquanto 62% boa, 23% ruim, 6% muito ruim. 33% dos participantes faz uso de medicação para dormir, onde 9% utiliza de 1 a 2 vezes por semana, 9% 3 ou mais vezes e 14% menos de uma vez. Apesar disso, apenas 28% dos participantes tem duração de > 8 horas de sono, enquanto 61% tem 6 a 7 horas de duração de sono, 9% de 5 a 6 horas e 2% < 5 horas. CONCLUSÃO: A maioria dos participantes apresenta uma qualidade de sono que pode ser considerada insatisfatória, com uma significativa parte relatando dificuldades para dormir. O elevado percentual de participantes que utiliza medicação para dormir, aliado à curta duração do sono, indica uma preocupação com a saúde mental e física desses profissionais, sugerindo a necessidade de intervenções que abordem esses fatores, a fim de melhorar a qualidade do sono e, consequentemente, a saúde e o bem-estar dos mesmos.
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