A intervenção cirúrgica com auxílio de robôs para tratar tumores em crianças tem se destacado como uma alternativa promissora, unindo os aspectos positivos da cirurgia menos invasiva com a precisão e destreza proporcionadas pela tecnologia robótica. Esse método representa um avanço importante no tratamento do câncer infantil, promovendo incisões mínimas, tempo de recuperação reduzido e menor probabilidade de complicações após a cirurgia. A habilidade de realizar procedimentos complexos em regiões sensíveis, como o cérebro e a coluna vertebral, com extrema precisão, torna essa técnica especialmente valiosa no âmbito pediátrico. Objetivo: O objetivo deste estudo é realizar uma análise crítica da literatura científica dos últimos 10 anos sobre a eficácia e segurança da cirurgia robótica em crianças com tumores, identificando as evidências existentes e apontando lacunas no conhecimento. Para isso, foi realizada uma revisão sistemática seguindo o checklist PRISMA, utilizando as bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science e os descritores "cirurgia robótica", "tumores", "crianças", "neoplasias pediátricas" e "cirurgia minimamente invasiva". Foram estabelecidos três critérios de inclusão: estudos publicados nos últimos 10 anos, envolvendo pacientes pediátricos submetidos à cirurgia robótica para tumores e disponíveis em inglês, espanhol ou português. Já os critérios de exclusão foram: estudos em adultos, estudos focados exclusivamente em cirurgia aberta e estudos que não apresentaram resultados cirúrgicos específicos em crianças. Resultados: A avaliação dos estudos escolhidos ressaltou as vantagens da cirurgia feita por robô em termos de menor gravidade das complicações, recuperação mais rápida e resultados na área da oncologia similares aos da cirurgia convencional. Além disso, foram identificadas perspectivas promissoras em relação à exatidão e segurança do procedimento, principalmente em tumores no cérebro e no abdômen. Em resumo, a cirurgia robótica para tratamento de tumores em crianças é uma abordagem inovadora e segura, com potencial para aprimorar os desfechos clínicos e a qualidade de vida dos pacientes pediátricos. Contudo, são necessárias mais pesquisas para confirmar sua eficácia em longo prazo e estabelecer diretrizes claras para sua utilização clínica.
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Thiago Ruam Nascimento
gabriel jose lopes
Luisa reis dos cravos
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