INTRODUÇÃO: A pneumonia é um nome dado a um grupo de síndromes que infectam o parênquima pulmonar. Entre suas etiologias mais comuns destacam-se as bacterianas com Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus, Mycoplasma pneumoniae, dentre as causas virais ressaltam-se o vírus influenza, vírus sincicial respiratório e o vírus parainfluenza, por fim tem-se as infecções fúngicas que acometem principalmente as pessoas imunocomprometidas, sendo os mais comuns o Histoplasma, Blastomyces e o Coccidioides. A pneumonia pode ainda ser classificada em Pneumonia adquirida na comunidade (PAC) que é quando for adquirida na comunidade, Pneumonia adquirida em hospitalar (HAP) quando for adquirida após 48 horas de internação hospitalar, Pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) quando é obtida após 48 horas de intubação endotraqueal. A imunossupressão é definida como uma depleção do sistema imunológico do indivíduo, sendo que ela pode ser primária, adquirida ou iatrogênica. Dentre elas, as mais comuns são as adquiridas após o nascimento, das quais tem-se como principais etiologias o HIV/AIDS, malignidades, principalmente, hematopoiéticas e linfóides. OBJETIVO: Analisar o tratamento de pneumonia em pacientes imunossuprimidos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura. Os dados bibliográficos foram obtidos por meio das plataformas Scielo e Pubmed, sendo utilizados como critérios de inclusão artigos publicados online entre aos anos de 2018 e 2024, com os descritores em inglês “Pneumonia; Imunossuprimidos; Tratamento”, sendo utilizado como operador booleano AND, disponíveis nos idiomas português e inglês. Foram excluídos artigos que não tinham como objetivo discorrer a respeito do tratamento de pneumonia em pacientes imunossuprimidos . RESULTADO E DISCUSSÃO: Segundo estudos, a redução do limiar para hospitalização em pacientes imunossuprimidos é recomendada, porém, a decisão final ainda depende do julgamento clínico. Além disso, a avaliação microbiológica deve ser personalizada, levando em consideração os organismos mais prováveis em cada caso, devido a isso, o tratamento empírico em pacientes imunocomprometidos sem fatores de risco deve ser considerado, visando os principais agentes etiológicos respiratórios, em contrapartida, em pacientes com fatores de risco, deve-se estender a terapia para além dos principais patógenos respiratórios. Esses achados ressaltam a importância de uma abordagem criteriosa e diferenciada no manejo da pneumonia em pacientes imunossuprimidos, dado o risco elevado de complicações graves. A redução do limiar de hospitalização em pacientes imunossuprimidos é crucial devido ao risco elevado de complicações, embora o julgamento clínico ainda guie a decisão. A avaliação microbiológica deve ser personalizada para abordar a diversidade de patógenos, com tratamento empírico focado nos principais agentes respiratórios para pacientes sem fatores de risco, e ampliado para cobrir patógenos menos comuns em casos com fatores de risco, visando otimizar os desfechos clínicos. CONCLUSÃO: Dessa forma, conclui-se que o tratamento de pneumonia em indivíduos imunocomprometidos deve ser feito de forma criteriosa visando reduzir os riscos desses indivíduos, propiciando melhores desfechos clínicos.
Comissão Organizadora
Thiago Ruam Nascimento
gabriel jose lopes
Luisa reis dos cravos
Comissão Científica