Introdução: A sepse é uma condição médica grave que resulta de uma resposta inflamatória sistêmica desencadeada por uma infecção, comumente associada a complicações em pacientes submetidos a cirurgias traumáticas. Quando não tratada adequadamente, a sepse pode evoluir para choque séptico, uma das principais causas de mortalidade em pacientes hospitalizados. Cirurgias de trauma, devido à natureza das lesões e à complexidade das intervenções, são frequentemente associadas ao desenvolvimento de complicações infecciosas. Objetivos: Analisar a ocorrência de sepse e choque séptico em cirurgias relacionadas a traumas, destacando os fatores de risco, sinais clínicos e estratégias de tratamento que podem reduzir a mortalidade associada. Metodologia: Revisão bibliográfica qualitativa, realizada com base em artigos disponíveis nas bases de dados LILACS e MEDLINE. Os termos de busca incluíram "septic shock", "sepsis" e "trauma", selecionando artigos publicados nos últimos cinco anos em inglês, português e espanhol. Dos 288 estudos inicialmente identificados, foram incluídos 52 artigos relevantes. Resultados: Pacientes submetidos a cirurgias de trauma são mais suscetíveis a complicações infecciosas, como sepse, devido a fatores como imunossupressão, uso indiscriminado de antibióticos e inadequada abordagem cirúrgica para remoção de focos infecciosos. Além disso, a disfunção da barreira imunológica e a introdução de bactérias multirresistentes também são fatores de risco significativos para a progressão da sepse para choque séptico. A identificação precoce dos sinais clínicos de sepse, como febre, taquicardia, hipotensão e alteração do estado mental, é crucial para iniciar o tratamento adequado e prevenir a progressão para choque séptico. O manejo precoce e eficaz desses pacientes, por meio de antibióticos, fluidoterapia e suporte hemodinâmico, pode reduzir significativamente a mortalidade.Conclusão: Embora a sepse e o choque séptico representem um desafio significativo em cirurgias relacionadas a traumas, o aprimoramento das práticas cirúrgicas, o diagnóstico precoce e a intervenção rápida podem melhorar os desfechos clínicos desses pacientes. Além disso, são necessários estudos adicionais para entender melhor os mecanismos subjacentes ao desenvolvimento de sepse em pacientes traumatizados e para desenvolver intervenções mais eficazes.
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