Introdução: A colecistectomia é o procedimento cirúrgico destinado à retirada da vesícula biliar, indicado principalmente em casos de colecistite aguda ou crônica, frequentemente relacionada à presença de cálculos biliares. A decisão entre a abordagem laparoscópica e a aberta depende de diversos fatores clínicos, incluindo a condição do paciente, a experiência do cirurgião, e a complexidade anatômica envolvida. Objetivos: Discutir as indicações das diferentes vias cirúrgicas, além de examinar os riscos, benefícios e contra indicações de cada uma delas. Metodologia: Análise qualitativa baseada em literatura disponível nas bases de dados SciELO e UptoDate, abrangendo artigos sobre o tema publicados nos últimos anos. Resultados: O procedimento laparoscópico tem se estabelecido como a opção padrão para a maioria dos casos de colecistite, pois oferece vantagens como uma recuperação mais rápida, menor dor pós-operatória e menor tempo de internação hospitalar. No entanto, há situações em que a colecistectomia aberta continua a ser necessária, como em casos em que a anatomia do triângulo de Calot está comprometida ou quando há suspeita de malignidade. Os resultados desta revisão indicam que, em pacientes com cirrose hepática avançada, obesidade severa ou doenças cardíacas e pulmonares significativas, a abordagem aberta pode ser mais segura. Nesses casos, a conversão da laparoscopia para a cirurgia aberta deve ser vista como uma decisão estratégica para garantir a segurança do paciente, e não como uma complicação do procedimento. A laparotomia, apesar de mais invasiva, reduz o risco de lesões biliares e complicações relacionadas ao manejo inadequado de vasos sanguíneos e ductos biliares. Conclusão: A evolução da colecistectomia, de um procedimento exclusivamente aberto para a abordagem minimamente invasiva, trouxe grandes benefícios aos pacientes. No entanto, é crucial que o cirurgião avalie cuidadosamente as condições do paciente antes e durante o procedimento, optando pela técnica mais adequada para cada situação. A laparoscopia continua a ser a primeira escolha em grande parte dos casos, mas a conversão para a cirurgia aberta deve ser considerada quando os fatores clínicos indicarem maior segurança para o paciente. Uma abordagem cirúrgica personalizada, com base nas condições individuais e na experiência do cirurgião, proporciona melhores desfechos e menor risco de complicações.
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