PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO (PREP): PREVENÇÃO AO HIV E O COMBATE AOS ESTIGMAS SOCIAIS

  • Autor
  • Geovanna Chaves Ferreira
  • Co-autores
  • Letícia Almeida Lima , Bianca Monteiro Dias , Medley Fernandes dos Santos
  • Resumo
  •  

    Geoeselita Borges Teixeira, orientadora5

    INTRODUÇÃO: Minorias sexuais e de gênero como homens que fazem sexo com homens (HSH) e mulheres transgênero, estão mais suceptiveis a contrair doenças, como HIV, hepatite e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST’s). A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é um tratamento que combina medicamentos antirretrovirais para prevenir a infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) em grupos de risco sexualmente ativos. OBJETIVOS: O objetivo deste resumo é apresentar a existência da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) contra o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Mostrando suas vantagens, desvantagens e dificuldades enfrentadas.MÉTODOS: A realização desse resumo simples foi feita a partir de artigos selecionados da plataforma PubMed. A procura de dados mais relevantes, foram escolhidos trabalhos publicados a somente um ano, entre outubro de 2023 e outubro de 2024. Os termos usados foram “HIV”, “Pre-Exposure Prophylaxis” e “Sexual and Gender Minorities”, utilizando como operadores boleanos “AND”. Incluímos artigos que falam sobre a importância e as vantagens da PrEP, o quanto é crucial a adesão e o não abandono do tratamento, visto que, pode acarretar mutações com resistência aos medicamentos como Lamivudina e Tenofovir. Além disso, mencionam a segurança, eficácia e obstáculos enfrentados no momento de adquirir essa profilaxia. Ademais, exibem como o uso da PrEP pode modular mais comportamentos sexuais de risco. RESULTADOS:A profilaxia pré-exposição (PrEP) é altamente eficaz na prevenção do HIV, sendo oferecida gratuitamente pelo SUS desde 2022 para indivíduos a partir de 16 anos que apresentam maior risco de contrair o vírus, como gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH), mulheres trans (TGW), profissionais do sexo e usuários de drogas. A eficácia da PrEP está diretamente relacionada à adesão ao tratamento por parte do paciente. De maneira geral, a PrEP foi bem tolerada, com raras anormalidades laboratoriais detectadas durante o acompanhamento. Entre os sintomas observados, estão náuseas, vômitos, diarreia, dor de cabeça, além de algumas alterações nos níveis de AST e ALT, que afetam um número pequeno de pacientes, sem comprometer a viabilidade do uso da PrEP. Pelo contrário, as taxas de efeitos adversos foram baixas e consideradas seguras. Entretanto, estudos realizados na Holanda indicaram que 16% dos indivíduos que utilizaram PrEP desenvolveram mutações de resistência clinicamente relevantes. Além disso, o uso da PrEP também pode estar ligada a um aumento nas relações sexuais sem proteção. Esses dados reforçam a necessidade de um acompanhamento cuidadoso durante o uso da profilaxia. Além dos aspectos clínicos, é importante destacar o impacto social da PrEP. Minorias sexuais e de gênero, como gays, HSH e TGW, enfrentam preconceito constante. A prevenção do HIV, uma doença que, mesmo no século XXI, ainda é cercada de estigmas e medo, contribui para proteger essas populações vulneráveis de um maior risco de discriminação e exclusão social.Conclusão:A PrEP é altamente eficaz na prevenção do HIV entre minorias sexuais e de gênero, com poucos efeitos colaterais graves, o que a torna uma alternativa viável para grupos vulneráveis. Apesar das mutações de resistência identificadas em uma pequena parcela dos usuários, a adesão contínua e o acompanhamento regular são fundamentais para garantir sua eficácia e segurança a longo prazo. Além dos benefícios clínicos, a PrEP desempenha um papel crucial na redução do estigma social associado ao HIV.

     

  • Palavras-chave
  • Minorias sexuais, prevenção, HIV
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